Entre os beneficiados estão então presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o diretor Kleber Terra, segunda pessoa de maior poder na empresa na época, ambos acusados de homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), crimes ambientais, inundação, desabamento e de lesão corporal.
Além deles outras 18 pessoas foram acusadas dos mesmos crimes, enquanto o engenheiro Samuel Santana Paes Loures, da VogBR – responsável pelo laudo ambiental que atestava a estabilidade da barragem –, responde, juntamente com a empresa, pelo crime de apresentação de documento falso, no caso, o próprio laudo ambiental.
O MPF solicitou que o processo não fosse suspenso até o esclarecimento sobre as datas das interceptações telefônicas, o que não foi acatado pelo juiz. A decisão judicial, assinada no quatro de agosto último, alerta ainda que, caso haja a confirmação da hipótese dos advogados dos réus, todo o processo pode ser anulado.
O processo criminal começou a tramitar em novembro de 2016 e já estava paralisada há um mês. Inclui ainda outras 19 pessoas físicas como réus, além de quatro pessoas jurídicas: a Samarco e suas proprietárias – Vale e BHP Bilinton –, acusadas também de crime ambiental, e a empresa de consultoria VogBR, acusada de falsificação de laudo ambiental.
Ainda segundo a Folha de S. Paulo, outros pedidos do Ministério Público Federal contra os réus também foram negados pelo juiz Jaques de Queiroz Ferreira.
No dia 14 de julho, o magistrado indeferiu solicitações de medidas cautelares, como fiança, entregas de passaporte e proibição de viajar para fora do país. Segundo ele, não há nos autos elementos que atestem que os réus tenham “tomado atitudes visando obstruir o andamento da ação penal” que justifiquem as medidas.
O jornal também divulgou que a própria Procuradoria “reconheceu que o processo, por sua complexidade, deverá levar alguns anos até se alcançar sua solução definitiva”, o que tornaria “insustentável a manutenção da medida de proibir os acusados de se ausentarem do país ou de terem que se dirigir ao Judiciário diuturnamente para requestar autorizações para viagens”.
Os processos civis referentes ao crime, que tratam da reparação ambiental e indenizações, continuam em tramitação.
. Além deles, outras 19 pessoas foram denunciadas à Justiça, sendo 18 – exceção do engenheiro Samuel Santana Paes Loures, da VogBR – sob acusação de homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), crimes ambientais, inundação, desabamento e de lesão corporal. Apenas o
. Além deles, outras 19 pessoas foram denunciadas à Justiça, sendo 18 – exceção do engenheiro Samuel Santana Paes Loures, da VogBR – sob acusação de homicídio qualificado com dolo eventual (quando se assume o risco de matar), crimes ambientais, inundação, desabamento e de lesão corporal. Apenas o