O presidente da Juntos SOS ES Ambiental, Eraylton Moreschi Junior, não tem dúvida: o prefeito de Vitória Luciano Rezende (PPS) retaliou a CPI do Pó Preto da Câmara por seu relatório sobre a poluição do ar na Capital. A CPI acabou expondo a incompetência da administração municipal no combate à poluição do ar.
Para o ambientalista, as denúncias contidas no relatório é a causa da ascensão do servidor Tarcísio José Föeger, um nome rejeitado pelos ambientalistas, a um cargo em comissão. E a consequente queda da servidora Márcia Soares Gomes de Oliveira.
O presidente da Juntos SOS ES Ambiental informou que Márcia de Oliveira participou junto com os membros da CPI da Câmara da vistoria no pier da Vale e, a pedido dos vereadores, contribuiu o encaminhamento para as providências legais para o fato. A servidora coordenava a equipe do Serviço de Controle e Monitoramento Atmosférico (CMAHS) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam).
É notória a incompetência da Semmam da prefeitura de Vitória na questão da poluição do ar. “Posso afirmar que o Iema em seis meses de inspeções semanais na Vale, e na inspeção no dia após a denuncia na TV informou que não achou nada”, diz Eraylton Moreschi.
Depois que os membros da poluição do mar foram identificados, a situação mudou. “Como a tabela de multas do Semmam é secular e valor máximo é ridiculo , o Semmam jogou a bomba no colo do Iema, que não teve mais como se omitir, se fazer de cego”.
Como a servidora tinha que atuar no caso, foi tirada do caminho pelo prefeito Luciano Rezende. “A nosso ver, com certeza é retaliação realizada a várias mãos e que inclusive se espalha para os vereadores da CPI da Câmara, que cobraram no seu relatório final uma mudança drástica de postura dos órgãos ambientais, e os senhores Luciano e Max [da Mata, secretário municipal de Meio Ambiente] fazem esta nomeação deste parceiro [Tarcísio José Föeger] das poluidoras de tubarão”, afirmou Moreschi.
Foi ai que Föeger entrou como assessor pelo prefeito de Vitória. Servidor do município, seu nome é rejeitado neste cargo por ambientalistas. Föeger , entre outros, foi denunciado à Justiça em ação popular por assinar um convênio que terceiriza os licenciamentos ambientais no Espírito Santo, o que favorece as empresas, quando foi presidente do Iema.