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Ministérios da Pesca e Meio Ambiente vão analisar espécies da fauna brasileira em extinção

Os ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente decidiram instituir um Grupo de Trabalho (GT) para, a partir desta quinta-feira (8), analisar espécies de peixes e invertebrados aquáticos da fauna brasileira que correm perigo de extinção. O grupo terá 30 dias para analisar as espécies que constam na “Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna ameaçadas em Extinção”, divulgada no Diário Oficial em dezembro de 2014. 
 
Representantes do setor serão consultados pelos membros do GT, que serão quatro de cada ministério. A portaria nº 445/2014 do MMA determina que o GT, quando necessário, deverá realizar atualizações específicas e propor alterações na lista. Serão levados em consideração os dados mais recentes de monitoramento ou os estudos científicos sobre o estado de conservação das espécies. 
 
No Espírito Santo, segundo os dados disponíveis pelo escritório regional do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), as espécies de peixes ameaçadas em extinção são piabanha (Astyanax gymnogenys); vermelho (Brycon vermelha); neon (Elacatinus figaro); grama (Gramma brasiliensis); caranha, cioba, vermelho ou vermelho-cioba (Lutjanus analis), tubarão-estrangeiro ou tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus); Tubarão-junteiro ou  tubarãoazeiteiro (Carcharhinus porosus); e tubarão-toninha (Carcharhinus signatus); tubarão-baleia (Rhincodon typus).    
 
Também há outros sem nome popular cadastrado, mas que constam na lista: Rachoviscus graciliceps, Simpsonichthys izecksohni e Simpsonichthys myersi. Dos invertebrados aquáticos, a conhecida estrela-do-mar, de várias espécies e famílias, está na lista (Coscinasterias tenuispina, Astropecten cingulatus, Astropecten marginatus, Luidia clathrata, Luidia ludwigi scotti, Luidia senegalensis, dentre outras). 
 
Outros em extinção: marisco-de-água-doce (Diplodon fontainianus), prato ou saboneteira (Anodontites trapesialis); faquinha-truncada (Mycetopoda siliquosa); ouriço-satélite (Eucidaris tribuloides); ouriço-do-mar (Paracentrotus gaimardi); búzio-de-chapéu (Strombus goliath); pepino-do-mar ou holotúria (Sostichopus badionotus); coruca (Atya scabra); e pitu, lagosta-de-água-doce ou lagosta-de-São-Fidelis  (Macrobrachium carcinus).  
 
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) publicou em dezembro de 2014 a avaliação nacional do risco de extinção da fauna do País, firmando um termo de reciprocidade entre o ICMBio e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O órgão avaliou, entre 2010 e 2014, um total de 12.256 tipos da fauna. Foram analisados 8.924 animais vertebrados e 3.332 invertebrados.  
 
O documento constatou que a expansão agrícola e urbana e a instalação de grandes empreendimentos, como hidrelétricas, portos e empresas de mineração são os principais motivos para a degradação do ecossistema.  
 
 
     

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