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Moradores de Pedro Canário denunciam corte de árvores frutíferas

Árvores foram plantadas há cerca de 15 anos pelos moradores, que tinham com elas um vínculo afetivo

Moradores de Pedro Canário acordaram com barulho de motosserra e, ao averiguar o que se tratava, viram que funcionários da Prefeitura estavam cortando árvores frutíferas ao longo de duas avenidas, a Minas Gerais, no bairro Esplanada, e a Alberto Reis Castro, em Novo Horizonte. Ao ser questionada sobre o porquê da iniciativa, os servidores alegaram, pasme, que se tratava de uma ação do evento Meio Ambiente – Sustentabilidade Em Nossas Mãos, cuja programação, de 21 a 23 de junho, conta com caminhada ecológica e plantio de mudas.

A agricultora familiar Geísa Carvalho Gomes relata que os funcionários da prefeitura disseram que durante a  semana seriam plantadas diversas mudas, por isso as árvores foram tiradas para que fossem colocadas outras plantas no lugar. As árvores, recorda, foram cultivadas pelos próprios moradores, que tiveram a ideia de plantar na frente de suas casas, num canteiro, deixando as avenidas arborizadas.

“As árvores tinham um significado grande para os moradores. O pessoal plantou, cuidou. Tem gente que plantou e não está mais lá, porque já morreu. São lembranças afetivas. Elas davam sombra para quem caminhava ao longo das avenidas para chegar ao Centro, atraiam pássaros, que faziam ninhos”, diz a agricultora familiar.
O comerciante Helber Campostrini afirma que a maioria das árvores eram pés de manga, mas tinha também outras árvores frutíferas, como as de caju, graviola e jambo. Foram plantadas, de acordo com ele, há cerca de 15 anos. “Eu quero conversar com o secretário de Meio Ambiente [Gilberto Carlos Coelho] e com o prefeito [Bruno Teófilo Araújo – Republicanos] para perguntar porque tiraram os pés de manga e deixaram os pés de mato”, diz o comerciante, referindo-se às árvores não frutíferas que posteriormente foram plantadas pela gestão municipal.
Helber relata que os pés de manga auxiliavam, inclusive, no sustento de muitas famílias. “Algumas pessoas pegavam as frutas e levavam na feira para vender para conseguir dinheiro para comprar uma carne, um ovo. Fiquei muito triste, muito revoltado”, desabafa.

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