Tarcísio Foeger vai, enfim, debater reivindicações sobre o Parque da Gruta da Onça e seu entorno
Finalmente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) vai abrir diálogo com os moradores do entorno do Parque Municipal da Gruta da Onça. Nesta próxima quarta (19), às 19h, o gestor da pasta, Tarcísio Föeger, participará de uma reunião com a comunidade no chafariz da rua Barão de Monjardim. A reunião foi solicitada pela Associação de Moradores do Centro (Amacentro) desde 16 de maio, ou seja, há exatos dois meses.
A pauta da reunião é extensa, com reivindicações a respeito do parque e seu entorno, que contemplam pontos como segurança; limpeza; atividades a serem desenvolvidas; acesso; serviços administrativos e conselho gestor; iluminação; reestruturação e acessibilidade da Escadaria Cristóvão Colombo.
O diálogo com a Semmam foi solicitado após uma reunião feita pela Associação de Moradores do Centro (Amacentro) com os moradores, quando apresentaram suas demandas para a entidade. Eles já haviam se pronunciado diante da demora da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) em atender o pedido. A Amacentro demonstrou estranheza diante do fato, já que, conforme afirmou seu presidente, Lino Feletti, o secretário já havia se reunido com moradores do Centro a pedido da entidade em outras ocasiões.
A limpeza, relata o líder comunitário, tem sido feita, na medida do possível, pelos próprios moradores. “O chafariz está entupido, cheio de larvas de mosquito, o mirante do parque foi pintado, mas a escada que dá acesso está corroída, dificulta a ida das pessoas”, enfatiza.
Moradora do entorno do parque, a aposentada Fabíola Colares tem deficiência parcial dos membros inferiores e usa bengala para auxiliar na locomoção. Ela relata que há outras pessoas com deficiência na região, como um morador que é amputado e outro com dificuldade de se locomover por causa de uma paralisia cerebral. O acesso ao parque, afirma, é impossibilitado para essas e demais pessoas com deficiência, pois não há acessibilidade no local.
A aposentada também se queixa da situação da escadaria Cristóvão Colombo, que dá acesso ao parque e a imóveis residenciais. Como não há varrição, capina e poda de árvores, a vegetação está atingindo a escadaria e até mesmo as casas. Outra reclamação feita por Fabíola é do grande número de pessoas que vão até o parque fazer uso de drogas ilícitas, o que atrai aqueles que vão até ali para comercializar esses produtos, afastando os turistas.
No órgão ministerial, a Promotoria de Justiça Cível de Vitória instaurou procedimento para apurar possíveis irregularidades na pavimentação, com cimento armado, de uma trilha com idade estimada em cerca de 200 anos, construída possivelmente por escravos, e tombada pelo Iphan como um dos três sítios arqueológicos preservados dentro do parque.