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Movimentos apresentam propostas sobre agroecologia para eleições

Iniciativa nacional que sugere 36 políticas públicas de sucesso na área terá versão lançada no Espírito Santo

Um levantamento que identificou mais de 700 iniciativas de políticas públicas relacionadas com a agroecologia adotadas a nível municipal deu origem ao documento “Agroecologia nas eleições: propostas de políticas de apoio à agricultura familiar e à agroecologia e de promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional em nosso município”, elaborado nacionalmente pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) junto a outras entidades e redes regionais.

No caso do Espírito Santo, uma versão capixaba do documento será lançada nesta quinta-feira (8), às 19h, por meio de parceria da ANA com a Articulação Capixaba de Agroecologia (ACA) e Rede Urbana Capixaba de Agroecologia (Ruca). O lançamento vai acontecer online pela plataforma Zoom, com link enviado por meio de solicitação ao WhatsApp (27) 99752-0957.

O documento nacional sintetizou 36 propostas já aplicadas em diferentes localidades que tratam de temas como infraestrutura, comercialização, segurança sanitária, reforma agrária, sementes, biodiversidade, assistência técnica, resíduos sólidos, agricultura urbana, impactos dos agrotóxicos, entre outros.

No evento de lançamento no Espírito Santo, após uma mística de abertura, os candidatos e demais participantes poderão ouvir sobre experiências desenvolvidas no Estado que fazem parte do levantamento de políticas públicas bem-sucedidas. São elas o Ticket-Feira implementado em Cachoeiro de Itapemirim, sul do Estado; o Mercado Popular de Alimentos do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em São Gabriel da Palha, região noroeste; e as Guardiãs dos Saberes das Plantas Medicinais no Sistema Único de Saúde (SUS), em Vitória. Também haverá apresentação da Horta Comunitária Quintal na Cidade, um exemplo de agricultura urbana na Capital capixaba.

A ACA e demais entidades locais e regionais, a exemplo do que vem sendo feito em outros estados, vão colher assinaturas de candidatos a prefeituras e Câmaras de Vereadores que se comprometam com a agroecologia e com a defesa das propostas levantadas. “A ideia é que cada instituição local promova o diálogo com os candidatos e assinaturas da carta. Queremos manter um diálogo para continuar levantando as pautas durante os mandatos”, aponta Josean de Castro Vieira, consultor e articulador no Espírito Santo da carta da ANA e ACA.

“Uma das coisas que a gente percebeu ao fazer o levantamento das mais de 700 experiências é que muitas delas vêm da sociedade civil e que o apoio do poder público costuma ser muito pontual, temporário. As organizações entendem que é preciso um apoio contínuo, como é o caso da política de Cachoeiro de Itapemirim, que virou lei municipal”, aponta Josean. “Há muitas experiências em andamento, mas poucas viraram programas de governo e menos ainda viraram lei, o que garante que mesmo que se troque o prefeito, a política vai ter continuidade”, analisa.

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