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MPES cobra informações sobre viabilidade de ???domus??? para acabar com o pó preto

O Ministério Público Estadual (MPES) cobrou informações ao governo do Estado sobre a viabilidade da implantação de ‘domus’ – tipo de construção que enclausura o pó preto – nas plantas industriais da Vale e da ArcelorMittal Tubarão (antiga CST). Em ofício enviado ao Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema) nesta quinta-feira (22), a promotoria quer saber a possibilidade de uso da tecnologia adotada nos países de primeiro mundo e é considerado por ambientalistas como a solução para o fim do pó preto.

De acordo com informações do MPES, o instituto terá o prazo de dez dias para o encaminhamento das informações sobre a viabilidade técnica para a instalação do ‘domus’ nas duas empresas, responsáveis pela poluição atmosférica na Grande Vitória. O órgão ministerial informou ainda que abriu um inquérito civil para acompanhar o integral cumprimento do Decreto nº 3463-R, assinado em dezembro de 2013, que estabeleceu os novos padrões de qualidade do ar.

A medida faz parte dos desdobramentos das queixas da população sobre o aumento da emissão do pó preto. No início desta semana, o novo secretário estadual de Meio Ambiente, Rodrigo Júdice, anunciou que o Estado passará a integrar como parte interessada na ação civil pública movida pelo MPES contra as poluidoras. O processo trata justamente das medidas que devem ser adotadas pela Vale e ArcelorMittal Tubarão para mitigarem o problema, que foi agravado neste verão com a falta de chuvas e a incidência constante do vento Noroeste que empurra as particulas de pó sobre os municípios da Grande Vitória.

A instalação dos ‘domus’ não é uma novidade, tanto para as empresas envolvidas, quanto aos defensores do meio ambiente. No ano passado, a solução foi indicada como a mais adequada por ambientalistas durante o debate em torno do pó preto, realizado pela Assembleia Legislativa. Eles chegaram a apresentar imagens dos ‘domus’ instalados na fábrica da mineradora Hyundai Steel, na Coréia do Sul. Essa mesma empresa é citada no oficio enviado pelo Ministério Público.

Segundo os relatos, a tecnologia é mais eficiente do que a adoção das chamadas ‘wind fences’, que serve como uma espécie de barreira com o uso de grandes redes suspensas para bloquear a passagem da poeira. Mas apesar da instalação da tecnologia na Vale, o problema ambiental segue atingindo os moradores da Grande Vitória. Com a instalação dos ‘domus’, os ambientalistas garantem que a emissão de pó preto para o ambiente externo cairá para um índice próximo à zero. Isso porque o pátio de estocagem e correias transportadoras são enclausurados, minimizando a ação dos ventos e o carregamento de partículas de poluição.

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