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MST ocupa fazenda em Ecoporanga com 300 famílias

A ocupação da Fazenda Santa Rita, situada próximo ao Patrimônio Santa Rita, em Ecoporanga, noroeste do Estado, aconteceu no domingo (21) e conta com cerca de 300 famílias. O objetivo é pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governo Paulo Hartung a agilizarem o processo de assentamento das famílias acampadas no município desde 2011.
 
Uma outra fazenda, a Boa Vista, está em processo de negociação com o Incra para compra desde 2013. Sua capacidade de assentamento é de 160 famílias, bem mais que a Santa Rita, estimada em 49 famílias. Mas até agora nenhuma ação.
 
O número de famílias da ocupação atual é maior do que a capacidade prevista nas duas fazendas pois agrega acampados de outros locais, deslocados para Ecoporanga para o início da formação do acampamento. 
 
Os acampados receberam informação de que o Incra estará na cidade na próxima terça-feira (30). É quando se espera uma reunião, incluindo também o proprietário do terreno, que já entrou com dois recursos na Justiça contra a ocupação. Neste sábado (27) está prevista reunião com deputados estaduais que apoiam o movimento, Padre Honório e José Carlos Nunes, ambos do PT.
 
O MST exige que as fazendas vistoriadas no município sejam desapropriadas para fins da reforma agraria e que o governo Paulo Hartung divulgue o mapa das terras devolutas do Estado, o que se nega desde seus últimos mandatos.
 
Os sem terras lamentam que o governador seja tão avesso aos movimentos sociais e citam, como comparação, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), que iniciou em 2015 uma negociação com a empresa Aracruz Celulose (Fibria) para assentar centenas de famílias no sul daquele estado.
 
No norte do Espírito Santo, também há ocupações em terras usurpadas pela Aracruz Celulose (Fibria) e em propriedades da Petrobras. Mas até agora o governo não fez qualquer movimentação no sentido de resolver a situação em favor dos trabalhadores sem terra. 
 
Segundo o MST, no Espírito Santo existem hoje 750 famílias de sem terras acampadas, muitas esperando há mais de nove anos pela criação de um assentamento. Os camponeses  reivindicam terras para a produção de alimentos saudáveis, que não utilizam agrotóxicos.

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