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MST volta a ocupar Superintendência de Educação em São Mateus

Educadores e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST) voltaram a ocupar, nesta quinta-feira (11), a Superintendência de Educação de São Mateus, no norte do Estado. O ato, porém, novamente não resultou em avanços e os militantes resolveram deixar o local. Eles deliberaram por realizar uma nova mobilização, desta vez, na Capital. 
O ato desta segunda registrou a participação de 250 pessoas contra a medida do governo do Estado que reduz a carga horária dos professores que aplicam a pedagogia da alternância, que intercala um período de convivência na sala de aula com outro no campo, garantindo a permanência dos alunos no meio rural. 
O método existe há 30 anos e é implementado em 25 escolas de assentamentos no Estado. Mas o governo propõe agora pagar somente a hora/aula a cada educador, não contabilizando o tempo de acompanhamento do campo e da auto-organização dos estudantes.
Na prática, como alerta a entidade, isso resultará na extinção das turmas e das escolas do campo.
Segundo o MST, assim como na ocupação das últimas quinta e sexta-feiras (4 e 5), o secretário de Estado da Educação, Haroldo Correa Rocha, se mostrou irredutível em estabelecer o diálogo com os sem terras.
“Ele alega que não tem como assumir legalmente a pedagogia de alternância, mas não se trata de uma questão legal, e sim política”, destacou Fátima Ribeiro, educadora e integrante da direção estadual da entidade.
Os trabalhadores rurais protestam desde o ano passado para impedir o fechamento e sucateamento das escolas do campo no Estado. Os  movimentos do campo apontam que o governo quer implementar o mesmo modelo que gerou a série de protestos dos estudantes em São Paulo e que significa a privatização da rede pública de ensino.
A posição do secretário Haroldo Rocha contradiz a própria Justiça estadual, que determinou na última sexta-feira (5) que o governo promova a reabertura de turmas, turnos e escolas. A determinação atende a uma liminar em ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPES) e foi comemorara pela comunidade escolar.

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