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Oficina de bioinsumos capacitará pequenos agricultores capixabas

Atividade online é direcionada às famílias atendidas pela Rede Bem Viver no Estado

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Na próxima quinta-feira (18), às 19h, a Rede Bem Viver, Organização Não Governamental (ONG) ligada ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Espírito Santo, realizará uma oficina online de bioinsumos. A capacitação será voltada para as famílias atendidas pelo MPA no Estado.

A atividade será ministrada pelo agricultor e agrônomo Adelan Alcântara, que residente na localidade de Córrego Pipoca, em Água Doce do Norte, no noroeste do Espírito Santo, e que, como militante do MPA, presta assessoria a agricultores de todo o Estado.

Os bioinsumos são os produtos, processos e tecnologias de origem animal ou vegetal utilizados para o beneficiamento da produção agrícola, atuando nos processos biológicos, como o controle de pragas. Eles têm um papel fundamental no tipo de produção agroecológica pautada pelo MPA.

Segundo Adelan Alcântara, desde 2015 que a utilização de bioinsumos tem sido incentivada no trabalho dos pequenos agricultores do Espírito Santo, sobretudo produtores de café que atuam em cidades das regiões serrana, noroeste e norte. A partir de 2020, essa atuação junto a esses produtores se intensificou, com três aplicações por ano, e tem dado resultados.

“O objetivo da oficina é mostrar para os agricultores os resultados do trabalho, incentivando mais famílias a aderirem a essas técnicas. A cada ano que passa, com a não utilização de agrotóxicos, as plantações estão mais fortes e resistentes a fungos, insetos e pragas”, afirma.

Além da aplicação dos bioinsumos, os agricultores são orientados quanto à adubação a partir de análises químicas do solo. Adelan afirma que o trabalho tem permitido manter a produção em cerca de 70 a 90 sacas por hectare. “Produzir muito não quer dizer produzir bem, porque a produção muito volumosa muitas vezes não tem qualidade”, ressalta.

Entre os bioinsumos utilizados estão o biofermentado, calda sufocálcica, hidróxido de cobre e calda bordalesa, muitos deles de fabricação caseira, além de alguns produtos industriais alternativos. Também é utilizado o óleo de andiroba, um produto natural, extraído da andiroba, uma planta muito encontrada na Amazônia.

Adelan comenta, ainda, que a inscrição dos agricultores será feita a partir de links encaminhados nos grupos de WhatsApp da Rede Bem Viver, bem como outros canais de divulgação junto às famílias. Ele também explica que a escolha por uma oficina online se deve ao menor custo e maior alcance dessa modalidade.

“Mais à frente, talvez podemos pensar em outras atividades presenciais com os agricultores, em que a gente consegue observar a aplicação dessas técnicas”, completa.

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