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Pássaros do Mestre Álvaro continuam na mira dos caçadores ilegais

Flagrar caçadores de pássaros é algo comum na rotina de quem percorre as trilhas ecoturísticas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Mestre Álvaro, na Serra. Que o digam os membros da Associação Ambientalista Amigos do Mestre Álvaro e os turistas que os acompanham nos passeios.

No último domingo (20), o fotógrafo Junior Nass fez mais um registro fotográfico desse tipo de crime, onde caçadores com gaiolas e pássaros cobiçados pelo tráfico de animais silvestre tentam escapar do olhar dos caminhantes, desviando o caminho quando encontram a turma.

O flagrante foi no início da subida para o morro, na região de Furnas. “Sempre tem gente caçando pássaros no entorno do Mestre. Em Furnas, Pitanga, nos Alagados …”, conta o fotógrafo.

Em abril último, até armas de fogo foram vistas junto com os caçadores. A gruta que os abriga já foi encontrada, “bem no meio das matas do Mestre Álvaro”, contendo cobertas, galões de água, blusas e outros utensílios, relata o ambientalista.

Apesar de acionada, nem sempre a Polícia Ambiental atende aos chamados, o que cria, na opinião dos Amigos do Mestre, uma sensação de impunidade e um incentivo aos crimes.

O Mestre Álvaro é o ponto culminante do litoral capixaba e foi declarado uma APA em 1991. Porém, a pressão antrópica continua imensa, não só por meio da caça, mas também pela especulação imobiliária e industrial.

A biodiversidade é riquíssima. Somente a avifauna tem mais de 150 espécies registradas, segundo levantamentos da Associação Amigos do Mestre. 

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