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Pedido de anistia aos pequenos agricultores será levado à direção do Banco do Brasil

A necessidade de anistia aos agricultores familiares do norte e noroeste do Estado está sendo levada à direção do Banco do Brasil em duas frentes: por meio da superintendência em Colatina e da bancada capixaba na Câmara dos Deputados.

Nesta terça-feira (12), o grupo pertencente ao protesto que está em Brasília foi recebido pelos deputados federais, que se comprometeram a encaminhar a pauta através do líder do Governo na Casa, André Moura (PSC-SE). Já nesta quarta-feira (13), o grupo acampado no galpão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi recebido pela superintendência regional durante toda a manhã. O ato não prejudicou o atendimento dos clientes, sendo encerrado com o compromisso assumido pelo superintendente de levar o assunto a Brasília.

A anistia é solicitada para os anos de 2015 a 2017. “Os bancos têm oferecido protelação do pagamento até o final de 2017, mas sem produzir, como os agricultores podem pagar? Grande parte das lavouras antigas de café foi arrancada porque as plantas morreram devido à seca. É muito triste a situação”, lamenta o Pastor Adair, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). E para piorar a situação, ele conta que muitos grandes produtores do agronegócio estão abrindo poços bem profundos, reduzindo a água disponível para os poços menores, dos pequenos produtores.

Os trabalhadores reivindicam também que a União conceda auxílio-alimentação a todas as famílias da agricultura familiar, pescadores artesanais, ribeirinhos, quilombolas e indígenas no Espírito Santo, no valor de um salário mínimo, por um período de um ano.

Na parte da tarde, os manifestantes seguiram para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para apresentar suas insatisfações com relação à mudança no tempo de aposentadoria, em que o trabalhador rural perde a aposentadoria especial, e à desvinculação da aposentadoria ao salário mínimo.

Em seguida, no Banestes, foram discutidas questões relativas ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Sabemos que o Pronaf é de responsabilidade do governo federal, mas o que queremos é que o gverno estadual se sensibilize com a situação dos agricultores e encaminhe nossas demandas à União”, esclareceu Douglas Fernandez, do Coletivo de Comunicação do Acampamento.

A audiência com o governador Paulo Hartung ainda não foi agendada. “Protocolamos o pedido na quinta-feira passada, dia 7, mas soubemos que até agora ele não foi encaminhado para o gabinete”, reclama o Pastor Adair. Apesar disso, o clima entre os manifestantes é de otimismo. “Estamos sendo sempre bem recebidos em nossos atos e amanhã chegam mais quatro ônibus”, afirma. 

Desde o ano passado, quando os camponeses iniciaram os protestos contra a omissão da atual gestão estadual relação à crise hídrica histórica do Estado, o governandor se mantém avesso ao diálogo e a discutir a pauta do campo.

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