Segundo Iema, que divulgou lista, maioria dos processos teria continuidade com providências simples
Atualmente, 36 processos que tramitam no Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estão parados devido a pendências de documentação por parte dos empreendedores. De acordo com órgão, em sua maioria, as pendências são simples, como documentos vencidos e relativos à anuência, Certidão Negativa de Débito Ambiental (CNDA) e pagamento de multa.
“É necessário que o responsável pelo processo procure a Assessoria de Documentação do Iema, para conferir e atualizar a documentação e poder, então, emitir as licenças ambientais. A análise administrativa que confere a documentação é a última etapa do licenciamento ambiental. Com os documentos em conformidade, a licença é liberada”, explica a servidora responsável pela Assessoria de Documentação do Iema, Juliana Samora, reforçando que os empreendedores precisam acompanhar o andamento das solicitações.
Das 36 empresas que constam na lista, 14 – ou seja, pouco mais de um terço – são do ramo de extração e/ou beneficiamento de mineração, estando localizadas nas cidades de Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Conceição do Castelo, Itapemirim, Muniz Freire e Rio Novo do Sul, no sul do Estado; e Águia Branca, Água Doce do Norte, Barra de São Francisco e Boa Esperança, no noroeste.
Também estão na lista empresas responsáveis por serviços públicos, como as unidades do Departamento de Edificações e Rodovias do Estado Espírito Santo (DER-ES) em três cidades: Cariacica, na Grande Vitória; Baixo Guandu, no noroeste do Estado; e Domingos Martins, na região serrana.
Constam ainda na relação a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), por conta de Estação de Tratamento de Água (ETA) em Viana, na região metropolitana; e as concessionárias dos serviços de água e esgoto BRK Ambiental, de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, e Serra Ambiental, da Serra, na Grande Vitória.
Outras empresas que estão na lista têm atividades nos ramos de tratamento e estruturas de madeira; estocagem; produtos químicos perigosos; resíduos oleosos; aquicultura; oficina; álcool e açúcar; transporte rodoviário; aterro de lama abrasiva; alimentação; fauna silvestre; e loteamento.
Novo licenciamento
Esse tipo de atraso, por parte dos empresários, foi mencionado em entrevista à TV Século pela servidora do Iema e integrante da Associação dos Servidores da autarquia (Assiema) Silvia Sardemberg. Segundo ela, o tempo estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) é de um ano para conclusão de um licenciamento e o Iema tem, em média, feito em menos tempo. A sensação de atraso se dá porque, quando o órgão pede para que o empreendedor apresente informações e documentos que faltam, esse prazo é suspenso, então o tempo total é maior que um ano, mas não por conta da equipe técnica do Iema.