A médica Ana Maria Casati Nogueira da Gama volta à CPI do Pó Preto na quarta-feira (27), às 13 horas. Professora doutora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e Ana Maria pesquisa as doenças causadas pela poluição do ar.
Esta semana, junto a dois médicos, o alergista José Carlos Perini, e o cardiologista José Aid Soares Saad, ela confirmou que os capixabas têm seus problemas de saúde criados ou agravados pela poluição do ar produzida pela Vale e ArcelorMittal.
Na CPI, os médicos foram taxativos em apontar as usinas de pelotização e siderúrgica como responsáveis pela poluição do ar na Grande Vitória. As declarações atingiram em cheio a Vale e a ArcelorMittal Tubarão e Cariacica, que insistem em negar que têm só uma pequena parcela de culpa pela poluição do ar. As empresas atuam com a conivência do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Ana Maria Casati, José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), e o cardiologista José Aid Soares Saad foram unânimes em apontar que, morar na Grande Vitória, é mais prejudicial à saúde do que morar em São Paulo, capital, face ao pó preto. Sem meias palavras, os médicos afirmaram que os moradores da Grande Vitória usam mais remédios do que os paulistas para o tratamento de doenças produzidas ou agravadas pela poluição.
Segundo informou a CPI do Pó Preto, na segunda-feira (25), às 9 horas, será ouvido o professor do Departamento de Engenharia Ambiental da Ufes, José Berthoud. Na quarta-feira (27), às 13 horas, a CPI receberá novamente a pneumologista Ana Maria Casati, além do professor Neyval Costa Reis, também da Ufes.