Um dos principais cartões postais da baía de Vitória, o Morro do Penedo é também um dos mais degradados. Se por um lado a especulação imobiliária tem provocado várias agressões ambientais ao Morro do Moreno, por exemplo, que tem suas Áreas de Preservação Permanente (APPs) invadidas por residências, o Morro do Penedo já teve parte considerável de sua estrutura destruída para a expansão do Porto de Vitória. Pelo menos duas pedras menores, ao lado da principal, simplesmente desapareceram para dar lugar a guidanstes e atracamento de navios.
E as agressões continuam, mesmo após a sua transformação em Monumento Natural e, mesmo ainda, após a destinação de verba, oriunda de compensações ambientais, para construção e manutenção de estrutura de conservação e recepção de turistas.
“Existe recurso na conta corrente do fundo da UC que já poderia ser utilizado de acordo cim os programas e projetos do Plano de Manejo”, reclama a presidenta do Movimento Vida Nova Vila Velha (Movive), Cristina Zanol Puppim.
A ONG atua para garantir a proteção do Penedo, tendo inclusive captado recursos para realizar o Plano de Manejo do MoNa e buscado formas de executar os programas e projetos constantes no Plano.
Diante do descaso do Poder Público, incapaz até de fazer cumprir as condicionantes e compensações ambientais, o Movive reuniu a documentação utilizada pelo Ministério Público Estadual (MPES) que gerou um Processo Administrativo, convocando a prefeitura a prestar esclarecimentos.
A reunião foi solicitada para o dia 16 de fevereiro, pelos promotores Gustavo Senna Miranda e Nícia Regina Sampaio.