Pela segunda vez este ano, o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos) denuncia, em vídeo, a precariedade da gestão ambiental do governo Paulo Hartung.
“A omissão do governo Hartung frente às grandes poluidoras tem levado a sociedade capixaba a sofrer graves consequências com a poluição, que causa problemas de saúde”, acusa a entidade.
No audiovisual, o sindicato destaca números e informações pinçadas de matérias de jornais e portais de notícias, incluindo este Século Diário, de publicações da ONG Juntos SOS ES Ambiental e do próprio Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Os temas destacados vão desde o não pagamento de multas ambientais pelas grandes empresas poluidoras até o aumento das intoxicações por agrotóxicos, passando pelo descaso com as unidades de conservação e o tiro de misericórdia disparado pela Samarco/Vale-BHP contra o já convalescido Rio Doce.
O motivo para tamanha degradação, assinala o Sindipúblicos, é a “falta gestão eficaz, de funcionários, de Planos de Manejo, de infraestrutura e de regularização fundiária”.
“Por um meio ambiente respeitado, com profissionais valorizados e investimento em preservação”, conclama a entidade sindical.
AmorES
O primeiro vídeo sobre a má gestão ambiental de PH foi lançado em janeiro, e satirizava a campanha #amorES, do Palácio Anchieta, contrapondo a propaganda turística institucional com a situação de abandono das paisagens naturais do Estado, incluindo as 17 unidades de conservação.
“Há anos o governo do Espírito Santo usa a imagens das nossas praias, dunas, montanhas e florestas como vitrine do turismo e do meio ambiente. Muitas dessas áreas são UCs [Unidades de Conservação]”, informa o narrador. “Uma bela vitrine que esconde uma triste realidade”, diz.
O audiovisual também menciona a ausência de contratação de guardas florestais nos últimos dez anos, o que levou à situação atual, de menos de um guarda por cada unidade de conservação. E abordou o Termo de Compromisso Ambiental (TCA) firmado em 2014 entre o Ministério Público Estadual (MPES) e o governo estadual, em que o Estado se compromete a investir nas UCs, por meio de regularização fundiária, contratação de funcionários, elaboração de Planos de Manejo e disponibilização de infraestrutura. “Mas o documento foi integralmente descumprido pelo Estado”, denuncia.