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Prefeitura da Serra retoma discussão para redefinir designação de área do Mestre Álvaro

As rodadas de palestras, audiências públicas e reuniões da Prefeitura da Serra com produtores rurais que possuem terras no entorno da Área de Preservação Ambiental (APA) do Mestre Álvaro continuam. Para este mês, estão previstas duas reuniões, nas quais será apresentado o Plano de Manejo da área. As datas dos encontros ainda não foram definidas. 
 
A necessidade de recategorização da área é o assunto principal das discussões. O local é formado por vegetação de Mata Atlântica de encosta, com a presença de córregos e nascentes, distribuídos em 3.470 hectares. O estudo apresentado enfatiza a relevância da preservação do Mestre Álvaro, principalmente por sua importância social, econômica e biológica ao município. Uma das ideias defendidas pela prefeitura é transformar a área em uma unidade de proteção integral, com a criação de um Refúgio de Vida Silvestre (Revis). Além do Revis, há ainda as possibilidades de categorização para Parque Natural, Monumento Natural e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
 
Caso a área seja transformada de APA para Revis, o que muda ão as regras de utilização, que devem ser associada à preservação ambiental e definidas em plano de manejo. O objetivo é proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência e reprodução de espécies da flora local e da fauna residente ou migratória. Na área também são permitidas propriedades particulares, sem a necessidade de desapropriação.
 
O Mestre Álvaro foi decretado como APA, em 1991. Antes, era enquadrado como Reserva Biológica Estadual e Parque Florestal. A intenção é fazer com que a APA seja uma zona de amortecimento, permitindo até a construção e manutenção de empreendimentos. A expansão da Rodovia do Contorno poderá fazer parte desse cenário de investimentos para a região, mas, para alguns proprietários, é um tema polêmico, pois sinalizaria grandes impactos socioambientais. 
 
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) divulgou um relatório que aponta a permanência de 120 proprietários em torno do morro, cujo cume é de 833 metros de altitude. Caso seja criada a Revis, alguns pontos devem ser seguidos, como o uso indireto dos recursos da área, em atividades de pesquisa, turismo e esportes. 
 
Mesmo que o entorno se transforme em Revis, é permitida a permanência das áreas particulares. Os interesses, no entanto, devem ser conciliados. O local ainda é fruto de bastante degradação e abriga espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção. A área pode ainda ser categorizada como Parque Natural, Monumento Natural e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdemas) será o órgão responsável pela análise dos resultados das audiências públicas.  

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