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Prefeitura descumpre acordo e não resgata gatos do Mercado da Capixaba

Gestão de Pazolini fez limpeza no local sem antes encaminhar veterinário e espantou os animais

Embora tenha se comprometido a encaminhar veterinário para o Mercado da Capixaba, no Centro de Vitória, para fazer triagem dos cerca de 25 gatos que se encontravam no prédio abandonado, a gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos) não cumpriu o que foi acordado com a Associação de Moradores do Centro (Amacentro). Na manhã desta sexta-feira (24), uma equipe da prefeitura compareceu ao local para fazer limpeza munida de carro-pipa e outras máquinas, espantando os animais do imóvel.

O acordado com associação, que recebeu informação de moradores nessa quinta-feira (23), alertando sobre a necessidade de resgate dos animais antes da ordem de serviço marcada para este sábado (25), às 9h, era de que, nesta sexta-feira, às 15h, a Secretaria de Meio Ambiente levaria um veterinário para o local. O profissional faria uma triagem, identificando quais estavam doentes ou não. Os que não estivessem seriam encaminhados para um lar temporário, de acordo com a disponibilidade de voluntários, teria a castração garantida pela gestão municipal e, posteriormente, encaminhados para adoção.

No que diz respeito aos doentes, conforme afirma o diretor de Comunicação da Amacentro, Fabricio Costa, não foi apontada uma solução pela gestão municipal. “A Secretaria de Meio Ambiente não respondeu e disse que não se responsabilizaria”, relatou. Entretanto, afirma, não foram resgatados nem sadios nem doentes, pois faltando apenas 10 minutos para o horário marcado para a chegada do veterinário, a pasta informou que tinha feito uma perícia de manhã e que havia constatado que não havia nenhum gato por lá.
“Com instrumentos de limpeza, carro-pipa, retirada de entulho, é óbvio que os animais se assustaram e foram embora. Simplesmente inventaram uma história estapafúrdia para justificar a negligência”, afirma. 
Para Fabrício, o correto seria, um mês antes da ordem de serviço, equipes da prefeitura irem ao local fazer vistoria técnica, “ver se tem gato, rato, esporotricose, pulga, avaliar o risco sanitário, eliminar pragas e resgatar os gatos, que não são pragas, e sim animas domésticos”.
Fabrício acredita que isso “é o que se espera de uma gestão minimamente participativa, colaborativa, que pensa no bem comum”. Em sua avaliação, a Prefeitura “negligenciou a vida dos animais”.

“Já que não tinha feito uma perícia antecipadamente, diante da reivindicação da comunidade, poderiam fazer em caráter emergencial. Poderiam ter pensado: ‘foi um erro, uma falha, mas vamos consertar’. Não é simplesmente entrar e ignorar que tem seres vivos lá dentro, tratados como lixo, como entulho”, lamenta.

A ordem de serviços deste sábado diz respeito às obras de restauro do imóvel. Seu uso ainda não foi definido. A Amacentro reivindica que isso seja discutido com a comunidade e que também haja investimento no entorno, com urbanização da avenida Jerônimo Monteiro, impulsionamento do comércio e destinação de imóveis fechados para moradia popular.

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