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Projeto realizado no Paraná é referência em catalogação da Mata Atlântica

A lacuna de conhecimento sobre a Mata Atlântica e a necessidade de articular melhor as competências de cada setor ligado às ações de conservação, fez com que um grupo de ambientalistas no Estado do Paraná criasse um projeto para elaborar um diagnóstico das pesquisas no bioma. O objetivo é criar um banco de dados, além de produzir um mapa do uso do solo e oferecer cursos de capacitação.
 
O Centro Integrado para a Conservação da Mata Atlântica – In Bio Veritas foi criado em 2007 e reúne representantes da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Museu de História Natural Karlsruhe (Alemanha) e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que também financia o projeto, que será concluído em setembro deste ano. 
 
A Mata Atlântica abriga 35% das espécies de flora registradas no país (em torno de 20 mil), segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Também estão cadastradas mais de duas mil espécies de fauna, entre aves, anfíbios, répteis, mamíferos e peixes. Apenas 7% dessa riqueza estão preservados.
 
A entidade está sendo considerada por especialistas como uma referência em trabalhos de conservação do bioma. Inicialmente, os envolvidos estão elaborando um banco de dados das pesquisas realizadas no litoral paranaense, que faz parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do Brasil. Já foram catalogados cerca de 1.100 projetos.
 
A In Bio Veritas quer resgatar o que já foi estudado, registrar o local onde foi pesquisado e, ainda, verificar se os materiais tiveram realmente aplicabilidade. Em seguida, o grupo vai compilar as pesquisas realizadas em Unidades de Conservação (UCs) no litoral do Paraná, que somam 19, sendo 13 de proteção integral. A estratégia vai facilitar a elaboração e a efetivação dos planos de manejo.  
 
Um manual será gerado, orientando como monitorar a fauna e a flora, ou seja, qual a metodologia utilizada e a forma de divulgar os resultados. Os pesquisadores produzirão um mapa da vegetação e do solo no litoral paranaense, mostrando um panorama da real situação das áreas que merecem prioridade. Após esse processo, serão definidos os conteúdos para os cursos de capacitação.    

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