A deputada estadual Eliana Dadalto (PTC) promoveu uma reunião com os líderes de comunidades ribeirinhas do norte do Estado, atingidos pelo crime da Samarco/Vale-BHP; a diretora de Desenvolvimento Institucional da Fundação Renova, Andrea Azevedo; e representantes da Defensoria Pública na manhã desta sexta-feira (7) para tratar do cadastro dos atingidos pelo crime ao norte da foz do Rio Doce.
A parlamentar cobrou mais agilidade por parte da Renova no atendimento e amparo aos impactados pelo crime, solicitou à fundação soluções para os problemas socioeconômicos e ambientais causados pela Samarco e apresentou sugestões para questões emergenciais vividas pelas comunidades.
Os ribeirinhos estão sem auxílio mensal, indenizações, atenção médica, informações sobre a contaminação das águas e dos peixes, fornecimento de água potável, programas de geração de renda, que deveriam ser disponibilizados pelas empresas, pela Fundação, ou pelo Estado.
Na Justiça, os processos caminham lentamente. Ma última semana, a Justiça Federal de Minas Gerais ainda decidia sobre a manutenção da BHP como ré no processo. E o próprio reconhecimento das comunidades ao Norte da Foz como atingidas ainda não aconteceu, apesar da Deliberação 58 do Comitê Interfederativo (CIF), do dia 31 de março de 2017, ter determinado o reconhecimento e o cadastro de todas as comunidades litorâneas entre Nova Almeida/Serra e Campo Grande/São Mateus.
Na reunião desta sexta-feira, a deputada reafirmou que vai continuar acompanhando as ações da Fundação Renova e manterá contato com as comunidades para saber se os programas implantados pela Renova estão, de fato, chegando a todos prejudicados diretos e indiretamente pelo rompimento da barragem de Mariana (MG).