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Reuniões debatem ações para as bacias do Jucu e Santa Maria nos próximos 20 anos

Nesta semana, serão realizadas as Oficinas de Pré-Enquadramento de Corpos de Água e Plano de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas dos rios Santa Maria da Vitória e Jucu, os dois principais mananciais que abastecem a Grande Vitória. A sociedade poderá se manifestar durante as reuniões, sobretudo no que se refere ao uso das águas das bacias, para que seja elaborado um plano contendo as metas intermediárias e finais de qualidade da água a serem alcançadas ou mantidas, em um período de 20 anos. As duas bacias sofrem intenso processo de degradação ambiental, como lançamento de esgoto e lixo e o desmatamento de matas ciliares. 
 
Posteriormente, os usos das águas indicados pela sociedade civil nas oficinas serão convertidos em classes de qualidade da água necessária para o desenvolvimento dessas atividades. Esse trabalho será realizado pelos Comitês de Bacias que, junto com a consultoria contratada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), decidirão sobre a viabilidade técnica financeira do alcance destas ou de outras classes de qualidade da água indicadas.
 
O projeto possui três fases: a “fase A” tem o objetivo de realizar um diagnóstico da situação atual, da evolução do uso e disponibilidade dos recursos hídricos; a “fase B” definirá os usos futuros das águas, levando em consideração a vontade da sociedade e o desenvolvimento desejado por ela para a região; e a “fase C” definirá o que precisa ser feito para que usos desejados possam ser alcançados e mantidos nos prazos previstos.
 
Todas as ações do projeto serão submetidas à aprovação do Iema e dos comitês de Bacia, além de serem apresentadas na Comissão de Acompanhamento Metodológico, da qual participa também o Laboratório de Gestão de Recursos Hídricos e Desenvolvimento Regional (Labgest), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
 
A primeira oficina do Comitê do Santa Maria acontecerá na segunda-feira (4), no auditório da Prefeitura de Vitória, a partir das 18h. A segunda e última oficina será na quarta-feira (6), no Centro de Vivência do Idoso de Santa Maria de Jetibá, às 17h. Já as oficinas do Rio Jucu acontecerão na terça-feira (5), no Auditório do Centro de Capacitação e Treinamento (Titanic), em Vila Velha, às 18h; e na quinta-feira (7), no auditório do Centro de Agronegócios de Marechal Floriano, às 17h.

O rio Jucu, que compreende as cidades de Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, Vila Velha e parte dos municípios de Cariacica e Guarapari, sofre com o assoreamento de suas margens, condição que é provocada pelo desmatamento e pelos monocultivos intensivos, contribuindo para o agravamento de situações como as cheias que acometem o município de Vila Velha. 

 
Já o Santa Maria da Vitória sofre do mesmo problema, uma vez que o assoreamento de sua foz foi indicado como um dos motivos que agravaram as cheias no município da Serra, no final de 2013. Na época, uma nota técnica emitida pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Comdema) definiu o transbordamento em vários pontos do dique do rio, que fica no município de Santa Leopoldina, como uma das principais causas das inundações, segundo análises técnicas. Por isso, foi recomendada a recuperação do dique, para que o excesso de água seja contido e não chegue ao Canal dos Escravos.

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