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Santa Teresa é melhor cidade capixaba em ranking de desenvolvimento sustentável

O Índice de Desenvolvimento Sustentável avaliou 770 municípios, sendo 10 deles do Espírito Santo

O município de Santa Teresa, região serrana do Estado, é o melhor classificado entre 10 municípios capixabas no Índice de Desenvolvimento Sustentável da Cidades, que avaliou o desempenho de 770 municípios brasileiros considerando o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são parte de uma agenda internacional estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) com metas a serem atingidas até 2030. Santa Teresa foi a 40ª cidade melhor classificada do País.

Nacionalmente, municípios do interior de São Paulo ocuparam os 23 primeiros postos no ranking, liderado por Morungaba (73,4), Pedreira (72,77) e Jumirim (72,55). Santa Teresa atingiu 65,2 dos 100 pontos possíveis e teve a meta atingida em quatro dos itens: Energias Renováveis e Acessíveis; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Produção e Consumo Sustentáveis; e Proteger a Vida Marinha.

Em dois teve a classificação “Há desafios” e em outros dois “Há desafios significativos”. Em nove ODS, ou seja mais da metade, Santa Teresa foi classificada como “Há grandes desafios”, mostrando como ainda há muito por alcançar mesmo no município capixaba mais bem colocado no ranking.

No Espírito Santo, o segundo mais bem classificado foi Vitória, com 58,37 pontos, ocupando o posto 232 a nível nacional. Em seguida vieram Vila Velha, Ibiraçu, Guarapari, Aracruz, Cariacica, Viana, Fundão e Serra. O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR) é uma iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis.

“Os ODS trazem um plano orientado que trabalha em 193 países, a partir de acúmulos de várias conferências mundiais. Mostra a necessidade de mudar as formas de vivência desde os território, unindo o tecido social para enfrentar os problemas”, afirma Denice Silva Gonçalves, coordenadora do Movimento Nacional ODS no Espírito Santo. Os ODS foram criados em 2015 e se desdobram em 179 metas a serem cumpridas entre 2016 e 2030.

Denice avalia que, embora no Espírito Santo os ODS ainda não tenham atingido todos os municípios, há avanços significativos ocorrendo em alguns indicadores, embora em outros ocorram retrocessos, principalmente por conta dos impactos da pandemia de Covid-19. “O índice de pobreza tem aumentado significativamente, embora venha sendo feito esforço do governo estadual e prefeitos para compensar o auxílio do governo federal. A pandemia também tem reflexo nos indicadores de saúde, educação e segurança pública”, considera.

Ela afirma que o Estado tem avançado em eixos como o número 15, que envolve proteção da vida terrestre, por conta de ações de reflorestamento do governo estadual, mas aponta indicadores como os de energias renováveis, e de tratamento de resíduos sólidos como de avanços abaixo do que se poderia avançar. Outro destaque é para o item 5, sobre igualdade de gênero, no qual o Espírito Santo avance em questões como a igualdade no mercado de trabalho, mas ainda enfrenta índices altíssimos de feminicídio e violência contra a mulher.

Para 2020, Denice Silva Gonçalves considera que um dos importantes desafios para conseguir fazer avançar nas diversas metas propostas, que impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas e na sustentabilidade, será alinhar os ODS com os Planos Plurianuais (PPAs), que serão estabelecidos este ano pelos municípios. “É preciso que haja participação social na definição desses planos e dotação de recursos para que essas metas não sejam meras peças fictícias e possam servir para alcançar resultados práticos”, disse a coordenadora do movimento ODS no Estado.

No Espírito Santo, um parceria da Petrobras com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o comitê estadual realiza um levantamento dos ODS em 12 cidades do Espírito Santo, sendo que em abril serão entregues o resultado de mais dois municípios avaliados.

Veja abaixo quais são os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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