Trânsito da população é normal. Interrupção é apenas de caminhões de carga, para pressionar mineradora
O trânsito de caminhões de cargas na Rodovia ES -10 está interrompido desde às 16h desta terça-feira (3) por lideranças da Terra Indígena de Comboios, em Aracruz, norte do Estado, como forma de pressionar a Vale a atender à demanda da comunidade pelo cumprimento de ações elementares do Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC).
A reivindicação em curso é o pagamento do lucro-cessante e cadastro de todas as famílias atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, de propriedade da Samarco/Vale-BHP, ocorrido em cinco de novembro de 2015 em Mariana/MG, e que lançou mais de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração ao longo de quase 800 km do Rio Doce no Espírito Santo e Minas Gerais.
“Cinco anos se passaram e as comunidades indígenas não têm sequer uma matriz de danos. Deveriam ser prioridade, mas não são”, denuncia a defensora pública Mariana Sobral. “Recebem única e exclusivamente medidas emergenciais, auxílios financeiros e distribuição de água. A pauta é pelo lucro cessante e a inclusão de mais 29 famílias no auxílio financeiro emergencial [AFE]”, relata.