Trabalhadores aguardam reuniões com o Governo Federal e seguem com atos e “operação-padrão”
Em assembleia realizada nesta segunda-feira (15), os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) optaram por manter o indicativo de greve. A decisão foi tomada visando esperar o resultado de duas reuniões. Uma é a do comando nacional de greve com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, prevista para esta semana, mas sem data definida. A outra é de movimentos sociais ligados à questão agrária, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o Governo Federal, que será no próximo dia 27.
Além do indicativo de greve, os trabalhadores manterão os protestos na sede do Incra, em São Torquato, Vila Velha, todas as manhãs. Também continuarão com a operação-padrão, ou seja, não executarão atividades para as quais não há recursos, como ir a campo dirigindo o carro porque não há motorista.
As chefias das divisões também entregaram seus cargos, como do setor Operacional, que cuidam da parte administrativa; Ordenança Fundiária, que trata da questão quilombola e do cadastro dos imóveis rurais; Desenvolvimento de Projetos de Assentamento, referente à reforma agrária; e Conciliador Agrário, que atua na mediação de conflitos.
Em relação às condições de trabalho, a Superintendência do Incra no Espírito Santo precisa de reforma em sua infraestrutura, está com problemas na parte elétrica, tem quantidade insuficiente de carros e pouco orçamento para arcar com custos como os de combustível e diárias dos servidores. A situação, aponta Joviana, também é registrada em outros estados, mas o Espírito Santo é o que menos recebe dinheiro para infraestrutura.