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Sociedade civil cobra adesão dos deputados à CPI do Pó Preto na Assembleia Legislativa

A criação da CPI do Pó Preto na Assembleia Legislativa mobiliza as entidades da sociedade civil organizada, que já travam há anos luta contra as poluidoras e os “outros interesses” que negligenciam a participação dos representantes dos capixaba nas instâncias de poder. O contentamento em relação à proposta é unânime, o que não reflete a opinião com relação à atuação da Comissão de Meio Ambiente da Casa, muito menos com Cacau Lorenzoni (PP) e Glauber Coelho (PR), respectivamente vice-presidente e membro efetivo.
 
“Mostramos aos parlamentares que queremos a abertura da CPI, eles nos apoiaram e depois retiraram suas assinaturas. Quer dizer, tem alguma coisa errada”, pontua Paulo Pedrosa, da Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AAPC).
 
Quem também reclama da situação é o representante da SOS Espírito Santo Ambiental, Eraylton Moreschi Junior, que está cobrando, um a um, os deputados que ainda não assinaram a criação da CPI, para que adiram ao movimento. 
 
Além disso, na página da entidade no Facebook, Moreschi divulga a situação de cada parlamentar. “Postei a lista dos que assinaram, solicitei aos que não assinaram que o fizessem e também divulguei o nome dos outros dois [Cacau Lorenzoni e Glauber Coelho)] que em 2014 terão o troco do povo”.
 
Da Comissão de Meio Ambiente, apenas um dos membros efetivos, o deputado Jamir Malini (PTN) e três dos membros suplentes, Dary Pagung (PRP), Marcos Mansur (PSDB) e Marcelo Santos (PMDB), assinaram e mantêm suas assinaturas no pedido de abertura da CPI.
 
O deputado Gilsinho Lopes (PR), na sessão dessa quarta-feira (12), chegou a denunciar que representantes das empresas poluidoras já “estariam procurando” parlamentares e teriam sido apoiados pelo presidente da Casa, o deputado Theodorico Ferraço (DEM), que adiou a leitura do pedido na plenária daquela data para a próxima semana.
 
As próprias entidades envolvidas na questão da poluição do ar declararam que “a Vale ontem trabalhou a tarde inteira na Assembleia”.
 
O representante da SOS Ambiental afirmou com convicção que essa tem condições de ser a primeira CPI séria no Estado, posição acompanhada por Pedrosa, que promete que a AAPC persistirá na luta até que as condições de vida do cidadão sejam prioridade nas decisões governamentais.
 
Moreschi considera extremamente importante a criação da CPI, sobretudo quando se considera que há quatro décadas o povo capixaba tem sua saúde e seus bens prejudicados por conta de interesses que são outros, não os da população.
 
Luis Fernando Nogueira Moreira, da Associação Nacional dos Amigos do Meio Ambiente (Anama), afirma que a associação é favorável à criação da CPI e defende que os danos causados ao patrimônio e à saúde da população sejam reembolsados pelas empresas responsáveis pela poluição.

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