A cessão de área para implantação da estrutura de embarque e desembarque de pesca em Barra do Riacho pela Superintendência do Patrimônio da União ( SPU), permitiu à Prefeitura de Aracruz e ao estaleiro Jurong (EJA) fazer uma festa. O ato reuniu na Associação de Moradores de Barra do Riacho (ACBR) diversos representantes da comunidade, com a direção do SPU, prefeitura e do estaleiro.
Da comunidade, participaram o presidente da Associação de pescadores, Sebastião Vicente Buteri, e o presidente da colônia de pescadores Z-7, Antônio Venturin. Do poder público, o superintendente do SPU, Magno Pires, secretários municipais, e o vice prefeito, Anderson Ghidetti e vereadores.
A representante do estaleiro assinalou na ocasião que o estaleiro Jurong quer não só atender as condicionantes, mas fazer isto da melhor maneira. E que, com a área cedida à comunidade pela SPU, poderá cumprir uma das condicionantes, que é a construção da estrutura de embarque e desembarque. E depois, só depois, a oficina escola, que faz parte do complexo pesqueiro de Barra do Riacho.
Magno Pires, por sua vez afirmou na ocasião que União está à disposição para analisar e executar as doações de áreas pertencentes à União dentro das suas possibilidades para beneficiamento da população com projetos tão importantes como este, como é citado no site da Prefeitura de Aracruz.
A prefeitura registra a satisfação do presidente da associação de pescadores Sebastião Vicente Buteri, que disse estar muito feliz. Ele destacou uma luta de anos, período que só receberam promessas. As obrigações da Jurong com a comunidade vão além. A empresa terá que construir uma oficina escola, fábrica de gelo, unidade de beneficiamento de camarão e pescado e reforma do estaleiro.
A Jurong se instalou na área em janeiro de 2012. Desde esta época, os pescadores locais esbarram em dificuldades para realizar suas atividades. Os pescadores lutam por compensações que a empresa tem de fazer pelos estragos que causa à comunidade.
A empresa se instalou em área com uma comunidade tradicional que, por lei, tem o direito de ter seu território e sua cultura preservados. A área de pesca na Barra do Riacho está cada vez menor, devido à chegada de diversos empreendimentos portuários na região.