O processo seletivo para o curso de Educação Indígena aprovado pelo Ministério da Educação (MEC) será aberto pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) em julho de 2015, com a oferta de 70 vagas, destinadas a professores de educação básica. O objetivo é promover qualificação em nível universitário para os educadores que já atuam ou querem atuar nas escolas das aldeias Tupinikim e Guarani, em Aracruz, norte do Estado.
Nesta semana, em reunião entre o reitor da universidade, Reinaldo Centoducatte, e representantes das comunidades indígenas, foram discutidos os pontos do projeto, com o objetivo de estabelecer vínculos institucionais entre a Ufes e as comunidades. O curso terá caráter superior intercultural, interdisciplinar e bilíngue.
Também participaram do encontro membros da Comissão Coordenadora do Vestibular (CCV), da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e Cidadania (Proaeci) e do Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN).
As aulas serão ministradas na Base Oceanográfica da Ufes, no campus de Aracruz e no CCHN, em Goiabeiras, divididas nas habilitações de Ciências Sociais e Humanidades; Linguagem, Arte e Comunicação; Ciências da Natureza; e Matemática.
Com a licenciatura, os professores poderão trabalhar na escolarização básica de crianças, jovens e adultos, contribuindo para a melhoria da educação nas comunidades indígenas, que hoje caminha a passos lentos no Brasil. A preocupação dos indígenas é garantir que sejam preservados e incentivados seus hábitos e cultura.
O curso é um demanda antiga dos indígenas e foi aprovado pelo MEC, na Portaria nº 68, de 29 de agosto deste ano, por meio do Prolind, programa federal de apoio à formação superior de professores que atuam em escolas indígenas de educação básica. A proposta tramitava na Ufes desde junho de 2012 e havia sido recusada em tentativas anteriores.
