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Vale tem até o dia dois de março para se manifestar sobre laudo técnico da Anama

A Vale não poderá se calar face à confirmação de que é uma das principais poluidoras do ar na Grande Vitória, como concluiu o assistente técnico da Associação Nacional dos Amigos do Meio Ambiente (Anama) em processo movido contra a empresa. E o prazo vencerá no próximo dia 2 de março, segundo informou o advogado da Anama, Esdras Elioenai Pedro Pires.
 
A ação tramita na 4ª Vara Federal Cível, cujo juiz é Ricarlos Almagro Vitoriano Cunha. Além da Vale, a ação da Anama  e da Prefeitura Municipal de Vitória (PMV),  coautora no processo, denuncia como responsáveis pela poluição do ar o Estado do Espírito Santo, o  Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a União Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).  
 
A Anama indicou como assistente técnico Eraylton Moreschi Junior, que se qualificou nos autos do processo  como engenheiro químico graduado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre outras atividades.
 
Ele concluiu que a Vale é uma das empresas responsáveis pela poluição do ar e do mar na Grande Vitória. O assistente técnico da Anama confronta informações apresentadas no processo pela Vale e pelo perito oficial.
 
A Anama apresentou outra ação, contra a ArcelorMittal Tubarão, que também polui o ar na Grande Vitória. As duas ações foram juntadas pelo juiz que responde pelos processos, que também determinou a realização de perícia sobre as emissões da ArcelorMittal Tubarão.
 
Entre um grande número de informações que apontam a responsabilidade da Vale e dos outros réus, o assistente técnico da Amana assinala que  “a própria ré (Vale), em sua página na internet, deixa bem claro que polui”.
 
O perito é taxativo: “… fundamentados em todas as citações acima, podemos fazer afirmação de que ré Vale é poluidora do ecossistema do seu entorno, causou danos ambientais, e como determina a legislação, é uma criminosa ambiental que deverá estar sujeita aos rigores da lei. 
 
Mesmo com a suspeição dos dados, estes registram que na Ilha do Boi, conforme estudo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na composição da poeira da Ilha do Boi, há de 50 a 80% de poeira de pelotas de minério, coque e carvão”.

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