Saída do deputado estadual Sergio Majeski do PSB é uma das mais esperadas no mercado político
A partir desta quinta-feira (3), começa a ser definido o cenário político no Estado, e também no País, para as eleições de outubro, com o início da janela partidária, que vai até 1º de abril. Nesse período, os políticos com mandato poderão trocar o partido pelo qual se elegeram, em uma movimentação que irá alterar bancadas parlamentares e, em consequência, a correlação de forças em assembleias legislativas, Congresso Nacional e câmaras de vereadores.
Uma das mais esperadas mudanças é do deputado estadual Sergio Majeski, o campeão de votos á Assembleia Legislativa em 2018. O parlamentar deve trocar o PSB, partido liderado no Estado pelo governador Renato Casagrande, consumando um pretensão que vem desde a eleição de 2020, quando ele teve rejeitada sua candidatura à Prefeitura de Vitória para favorecer o então vice-prefeito da cidade, Sérgio Sá, que obteve uma pífia votação.
PDT e PSDB são apontadas como as siglas mais prováveis, que poderiam acomodá-lo e garantir legenda para concorrer à Câmara Federal ou à reeleição. Majeski esboçou uma aproximação com o deputado federal Felipe Rigoni, hoje no União Brasil, durante a movimentação em torno do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que tentou, ainda sem obter êxito, ser o nome da terceira via na corrida presidencial.
A mudança de partido ocorre, além da busca para garantir legenda para a disputa eleitoral, em decorrência da fusão ou incorporação. Em 2019, quando a cláusula de barreira passou a vigorar, houve a incorporação do Partido Republicano Progressista (PRP) ao Patriota; e do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Na Assembleia Legislativa, além de Majeski, estão projetadas mudanças nas bancadas do PL, PMN, MDB, por conta da fusão do PSL-DEM, substituídos pelo União Brasil.
O PL, hoje com três parlamentares, deve perder o deputado Alexandre Xambinho, assediado pelo Republicanos, legenda que busca a filiação da deputada Janete de Sá, do PMN. Essa movimentação faz parte da estratégia do deputado Erick Musso (Republicanos), presidente da Assembleia e pré-candidato o governo do Estado, que inclui o deputado Renzo Vasconcelos, que deixa o PP pelo Pros.
Com a fusão do PSL-DEM, aprovada em 8 de fevereiro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram extintas as bancada dos dois partidos. Na Assembleia, o PSL, que já havia perdido os deputados Capitão Assumção e Danilo Bahiense, atualmente no PL, sobraram os deputados Torino Marques e Alexandre Quintino.
Do DEM, segundo o mercado político, o deputado Theodorico Ferraço permanece na nova legenda, enquanto os dois parlamentares do PSL devem tomar rumos distintos. Alexandre Quintino, aliado do governador Renato Casagrande (PSB) e responsável pelo desmanche do ninho oposicionista no PSL, pode migar para o PSB, e Torino Marques oscila ente o PTB, o mais certo, e o Patriota.
Câmara
Na Câmara Federal, mesmo antes da chamada janela partidária, 39 deputados já deixaram a legenda pela qual foram eleitos em 2018. O União Brasil, atualmente com a maior bancada, de 81 integrantes, garantiu a filiação do deputado Felipe Rigoni, que deixou o PSB. Antes da fusão, o PSL tinha a maior bancada, com 55 deputados. O segundo lugar permanece com o PT, com 53 deputados. O deputado Josias da Vitória, ainda no Cidadania, vai se filiar ao PP, após conflitos com a Nacional.