sábado, novembro 23, 2024
22.1 C
Vitória
sábado, novembro 23, 2024
sábado, novembro 23, 2024

Leia Também:

Militância e seminário do Psol ratificam posição contrária ao palanque de Audifax

Executiva estadual critica intervenção da Nacional e a falta de diálogo sobre disputa ao governo

Leonardo Sá

Militantes do Psol no Estado deram início a um abaixo-assinado em que manifestam insatisfação com “a intervenção da Executiva nacional do partido, que apontou Audifax [Barcelos, da Rede] como candidato a governador sem qualquer diálogo com o diretório regional”. Embora a iniciativa não tenha sido puxada pelo Psol-ES, segue o mesmo posicionamento. “A regional não aceita negociação com a Rede por cima”, diz Toni Cabano, presidente estadual da legenda.

A mesma crítica também foi ratificada no II Seminário Eleitoral do Psol/ES, realizado nesse sábado (2). A justificativa é de que Audifax está nos “marcos de um projeto neoliberal, busca alianças com a direita, não faz enfrentamento ao bolsonarismo, e mantém laços com o projeto do ex-governador Paulo Hartung (sem partido)”.

Toni recorda que a Nacional do Psol fez uma consulta sobre a formação da federação de partidos com a Rede Sustentabilidade e a regional, reunida no dia 26 de março, deliberou de forma contrária. Na resolução aprovada, o Psol-ES apontou que não aceita a formalização de nenhum acordo com a Rede Sustentabilidade sobre a situação do Espírito Santo.

O posicionamento foi encaminhado para a direção nacional. Entretanto, em 30 de março, o acordo com a Rede foi firmado. A Nacional, em documento encaminhado para o partido no Estado, argumenta que “a Rede tem sido um aliado na luta contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados” e que “junto com o Psol, faz o combate à ofensiva reacionária contra os direitos sociais, o meio ambiente e a soberania nacional”.

Diz ainda que, sobre as táticas para as eleições 2022, “fica acordado entre Rede e Psol que apenas no Amapá e Espírito Santo a Rede Sustentabilidade fará uso de sua prerrogativa de indicar o candidato ao governo do Estado”. 

No caso do Espírito Santo, Audifax Barcelos se movimenta há meses para erguer seu palanque, contando com estrutura partidária privilegiada, já que é único candidato do partido a governo no País. No Amapá, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) desistiu de disputar o governo. Já o Psol pretendia discutir um nome para o governo e tem ainda como prioridade este ano eleger a vereadora de Vitória Camila Valadão à Assembleia Legislativa.

O ex-prefeito da Serra lança a pré-candidatura ao governo do Estado em 30 de abril. Também são pré-candidatos Erick Musso (Republicanos), Carlos Manato (PL), Felipe Rigoni (União), Fabiano Contarato (PT) e Guerino Zanon (PSD), além de Renato Casagrande (PSB), que buscará a reeleição.

Mais Lidas