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Ação para apurar conduta de Polese permanece sem definição na Assembleia

Juventude do PSB diz que representação ficou quase 10 dias parada na Presidência e agora está há cinco na Procuradoria

“Ainda não recebemos nenhum processo sobre nenhum caso”. Essa foi a resposta do corregedor-geral da Assembleia Legislativa, deputado estadual Mazinho dos Anjos (PSDB), por meio da assessoria, ao ser questionado sobre o andamento de uma representação protocolada no último dia 9, que pede sindicância para apurar responsabilidade do deputado Lucas Polese (PL). O parlamentar se recusou a fazer o teste do bafômetro ao ser abordado pela Polícia Militar dirigindo um veículo oficial, na madrugada do último dia 6.

O posicionamento da Corregedoria é confirmado pela advogada Caroline Gomes, integrante da Executiva Estadual da Juventude Socialista Brasileira do Estado (JSB-ES), segmento do PSB, partido do governador Renato Casagrande, que encaminhou uma ação ao presidente da Assembleia, deputado Marcelo Santos (Podemos). Ela disse que “assim que a representação completar um mês, no dia 11 de junho, o colegiado irá se reunir para decidir que medida adotar”.

“A representação ficou quase 10 dias parada no gabinete da Presidência, e agora está há cinco dias parada na Procuradoria da Assembleia e sequer chegou ainda na Corregedoria da Casa”, disse Caroline, que apontou “uma série de empecilhos burocráticos e formais. Nisso, a questão – que deveria ser amplamente abordada, sobretudo nesse mês do Maio Amarelo [movimento visando conscientizar e educar para um trânsito seguro,] está só arrefecendo”.

A representação destaca que os fatos ocorreram no momento em que, em “todo o território nacional, os brasileiros têm sido chamados à conscientização sobre os altos índices de acidentes em ruas, estradas e rodovias, através do Movimento Maio Amarelo, que visa difundir à população informações sobre segurança no trânsito, respeito às normas do Código de Trânsito Brasileiro”.

O deputado Lucas Polese foi flagrado à 1h30, na avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto, em Vitória, e “exalava odor etílico, conforme relato policial lavrado no Auto de Infração de Trânsito (AIT), no qual fora registrada a ocorrência”. Após a repercussão do caso, ele se ausentou da Assembleia, por força de uma licença médica, e retornou nesta semana.

O parlamentar dirigia veículo oficial cedido pelo Poder Legislativo Estadual, da marca Toyota, modelo Corolla, placa RTK8C32, como aponta a representação. É destacado, ainda, que, segundo o Regimento Interno da Assembleia, em seu artigo 300, inciso II, “que perderá o mandato o deputado cujo procedimento seja declarado incompatível com o decoro parlamentar”.

A assessoria da Assembleia, que no último dia 17 informou que a representação passava por análise na Procuradoria, antes de ser encaminhada à Corregedoria-Geral, nesta terça-feira (30), repetiu a informação e disse  que “o processo está tramitando”. Alegou ainda que “vieram faltando documentos tanto na representação da Transparência Capixaba quanto no da Juventude do PSB. Os processos retornaram semana passada e estão em fase de juntada de documentos para instrução do processo”.

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