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Aliado de Pazolini só vai analisar denúncia de corrupção após as eleições

Luiz Emanuel disse que fará “uma operação fortíssima” em caso que envolve pasta de Obras

A Secretaria de Obras de Vitória optou por não responder ao questionamento sobre uma suposta prática de corrução do secretário Gustavo Perin, denunciada por meio de atos do deputado estadual Capitão Assumção (PL) e do vereador André Moreira (Psol), com base em áudios divulgados em portais de notícias. Já o vereador Luiz Emanuel (Republicanos), da base do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), só quer analisar a questão depois das eleições de outubro.

André Moreira teve recusado pedido de convocação do secretário à Câmara Municipal para dar explicações, nessa terça-feira (25), em sessão da Comissão de Políticas Urbanas, Mobilidade, Obras e Serviços. O colegiado é presidido pelo vereador Davi Esmael (Republicanos), tendo como vice o também vereador Luiz Emanuel, do mesmo partido, indicado relator do processo, que defendeu o secretário se manifeste a partir do dia 7 de outubro, logo após o primeiro turno.

Aliado do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e candidato à reeleição, mesma condição de Davi Esmael, Luiz Emanuel acha que “não podemos aceitar o debate agora”. Na sessão, dirigindo-se a André, afirmou: “Eu combino com vossa excelência e me coloco à disposição: a partir de segunda-feira, dia 7 de outubro, conte comigo para que possamos fazer uma operação fortíssima sobre isso, porque eu não estou aqui para aceitar uma situação como essa”.

Em outro trecho do discurso, disse: “Se de verdade ela parecer evidente, deflagrada, e os elementos que compõem essa denúncia se confirmarem, aí sim vamos poder fazer o debate que nos interessa, inclusive, eliminando esse tipo de situação dentro da Prefeitura de Vitória. Porque, até agora, três anos e meio de iniciada a gestão, não tinha nada, e de repente aparece uma bomba pra cima da campanha do prefeito Lorenzo Pazolini”.

Além da convocação do secretário à Câmara, Assumção encaminhou os áudios para órgãos de investigação. No documento, com timbre da Assembleia Legislativa, o parlamentar informa ter recebido quatro áudios com gravações de diálogos entre o secretário Gustavo Perin e empreiteiros, demonstrando “favorecimentos e direcionamentos de licitações de obras da Capital”.

Os ofícios foram protocolados no Ministério Público Federal (MPF) e na Polícia Federal; no Grupo de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual; na Promotoria Cível de Vitória; na Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil; no Tribunal de Contas do Estado; e na Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont), já que Gustavo Perin é servidor público.

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