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Amaro assume presidência da Comissão de Comunicação da Câmara

Com mandato inexpressivo e tamanho reduzido no Estado, deputado entrou na articulação do Republicanos

Ag. Câmara

Após mais de um mês de negociações, a Câmara dos Deputados finalizou, nesta quarta-feira (15), a escolha dos presidentes e vices de suas 30 comissões permanentes. Dos dez parlamentares da bancada capixaba, apenas Amaro Neto (Republicanos) assumiu o comando de um colegiado, o de Comunicação, com mandato de um ano.

Amaro é jornalista e entrou na política com a repercussão do seu programa popular de TV. Primeiro, conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa, depois, em 2018, foi o campeão das urnas, atingindo 181,8 mil votos. No primeiro mandato, porém, em contradição a essa marca, teve um desempenho inexpressivo e sem marcar posições em temas relevantes e polêmicos.

Em 2022, conseguiu se reeleger, porém, já com alcance eleitoral reduzido. Bateu 52,3 mil votos, a sétima posição da bancada. No início desta legislatura mantém o mesmo comportamento, agora com perspectiva de buscar mais visibilidade por meio da comissão, apesar do pouco destaque do tema entre os demais colegiados.

A estratégia atenderia aos movimentos do Republicanos, liderado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa Erick Musso, que precisa retomar território após derrotas eleitorais e já se movimenta para a disputa municipal de 2024. Uma das opções do partido é o próprio Amaro, que, em disputas passadas, foi cotado como candidato às prefeituras de Vitória e Serra.

A chegada do deputado ao comando da comissão ocorre após articulações com as lideranças partidárias da Câmara. Para a nova função, ele destacou a defesa da liberdade de opinião como um dos temas prioritários.

“É fundamental que tenhamos uma legislação clara e atualizada que regule a comunicação em todas as formas, seja ela televisão, rádio e internet ou qualquer outro meio”, destacou. Amaro também enfatizou a necessidade de promover a inclusão digital e democratizar a comunicação em todas as plataformas.

A Comissão de Comunicação foi desmembrada no último mês de fevereiro das áreas de Ciência e Tecnologia e Informática. Entre as atribuições, estão debates sobre meios de comunicação social, liberdade de imprensa e redes sociais; produção e programação das emissoras de rádio e televisão; outorga e renovação da exploração de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; política nacional de telecomunicações; e regime jurídico das telecomunicações.

Na última legislatura, o Espírito Santo também tinha apenas um representante à frente de comissões, o petista Helder Salomão, em Direitos Humanos.

Os demais deputados da bancada são Da Vitória e Evair de Melo, do PP; Gilvan da Federal (PL); Gilson Daniel e Dr. Victor, do Podemos; Jack Rocha (PT); Paulo Folleto (PSB); e Messias Donato (Republicanos).

Senado

Na semana passada, as definições dos comandos de 13 das 14 comissões do Senado também contemplou apenas um capixaba, Fabiano Contarato (PT). Ele foi eleito vice-presidente do colegiado de Meio Ambiente, junto com Leila do Vôlei (PDT-DF), que presidirá os trabalhos no biênio 2023-2014.

A eleição ocorreu por unanimidade e de forma simbólica, resultado de acordo firmado com lideranças partidárias, sob direção do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e protestos do bloco que representa a oposição, excluído das divisões. Integram esse grupo os outros senadores do Estado, Magno Malta (PL) e Marcos do Val (Podemos).

Contataro, que já ocupou o posto principal do colegiado entre 2019 e 2020, exaltou a “responsabilidade ambiental como importante, principalmente para as parcelas mais vulneráveis da população, como os moradores de periferia e os indígenas”.

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