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Amaro chega como estrela no Solidariedade para disputar a prefeitura de Vitória

 Foto: Leonardo Sá / Porã

A janela de migração para os parlamentares fechou na noite desta sexta-feira (18) e deixou mais claro o cenário eleitoral para 2016. Nas movimentações dos últimos dias surpreendeu mais as permanências do que as mudanças. Entre os que mudaram, quem chamou mais atenção foi o deputado estadual Amaro Neto. Dos que ameaçavam sair, mas acabaram ficando, dois deputados são destaque: Hércules Silveiras fica no PMDB, e Sérgio Majeski segue no PSDB.

 
O deputado Amaro Neto assinou ficha de filiação ao Solidariedade nessa quinta-feira (17), em Brasília, e teve a ficha abonada pelo presidente nacional do partido, o deputado federal Paulinho da Força. O deputado, que estava conversando com vários partidos, fechou com o Solidariedade por causa da prioridade dada pela nacional à candidatura na Capital capixaba. Amaro passa a ser o único do SD com chances reais de conquistar uma capital. 
 
Sobre as conversas com o DEM e o PDT, Amaro explicou que as candidaturas em outros municípios dificultaram a filiação. O DEM vai apostar suas fichas na reeleição de Rodney Miranda em Vila Velha, já o PDT vai buscar o retorno à prefeitura, com o deputado federal Sérgio Vidigal. Mas os partidos continuam conversando e podem caminhar juntos. Mas confirmados mesmo no palanque do deputado estão PR, DEM e PMB.
 
Sobre a possibilidade de ter  apoio do governador Paulo Hartung (PMDB) na candidatura, o deputado afirmou que se aconselhou com o chefe do executivo estadual, mas que acha que o governador tem de governar e afirmou que espera o apoio do governador “depois da eleição”, ou seja, para administrar Vitória. 
 
Outra dúvida do mercado político girava em torno da possível migração do deputado estadual Hércules Silveira para PSDB, mas ele decidiu permanecer no PMDB, que promete lhe garantir a legenda para disputar a eleição à prefeitura de Vila Velha. Caso Hércules migrasse para o ninho tucano, o PMDB já havia avisado que apoiaria a reeleição do prefeito Rodney Miranda (DEM).
 
Mesmo na disputa pelo PMDB, o deputado pode não ter a preferência do Palácio Anchieta, já que o governador aposta abertamente na candidatura de Rodney Miranda (DEM). 
 
Hércules ainda espera não perder o apoio do PSDB. Ele estaria disposto a entregar a vice a um tucano. A ideia é conquistar o apoio do deputado federal Max Filho, o que tornaria seu palanque muito forte no município. Mesmo não tendo o apoio palaciano, a candidatura de Hércules Silveira atende os interesses do governador Paulo Hartung, que passa a ter um nome forte para tentar evitar a candidatura de Max Filho. Hartung também reduz as chances de Neucimar Fraga (PSD). 
 
Resta saber se não haverá pressão da nacional para que Max Filho dispute, já que o PSDB quer ter candidato competitivo em todas as cidades em que tem chances eleitorais e no Estado a mais clara delas é justamente Vila Velha com o deputado federal. Sem contar que é o maior colégio eleitoral do Estado.
 
Quem também surpreendeu ao decidir permanecer no PSDB foi o estadual Sérgio Majeski. Ele recebeu convites de vários partidos, entre eles PSB, PPS e até PSol, mas vai continuar no ninho tucano. Para os meios políticos a aposta é arriscada, já que o partido é força auxiliar do governador Paulo Hartung, a quem Majeski vem se mostrando cada vez mais crítico na Assembleia Legislativa. 
 
O deputado afirmou que sua decisão é em reconhecimento ao esforço de muitos colegas do partido em barrar o deputado Gildevan Fernandes (ex-PV) de ingressar no partido. Além do líder do governo na Assembleia ter seus planos frustrados, o vice-lider Erick Musso (ex-PP) também foi barrado no PSDB. Ambos acabaram migrando, para o PMDB, do governador Paulo Hartung. Majeski teve também a garantia de que vai continuar fazendo seu trabalho na Assembleia sem interferência ou pressão do partido. 
 
O segundo secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, Cacau Lorenzoni também desistiu de mudar de partido. Já o deputado Edson Magalhães acertou sua filiação ao PSD. O deputado que se elegeu pelo DEM, passou pelo PMDB e tentava acordo com o PSDB, não conseguiu se filiar ao ninho tucano, que em Guarapari está sob controle de Carlos Von, candidato do partido à prefeitura do município.

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