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Apesar de recordes nacionais, mulheres são minoria nas disputas majoritárias do ES

No cenário ao governo, não há nenhuma mulher como cabeça de chapa. No Senado, só Rose de Freitas

Apesar de representarem a maioria do eleitorado e do recorde de candidaturas registradas no plano geral este ano, as mulheres ainda são minoria nas candidaturas majoritárias do Espírito Santo. Não há nenhuma representante como cabeça de chapa da eleição ao governo, situação encontrada também em Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Roraima e Santa Catarina, e, ao Senado, é registrada apenas a presença da senadora Rose de Freitas (MDB), que tentará a reeleição, concorrendo com oito candidatos.

No cenário do governo, entre as sete candidaturas, as mulheres continuam ocupando somente o posto de vices, como tem sido registrado em outros estados. Aridelmo, do partido Novo, tem como vice Camila Domingues; Capitão Sousa (PSTU), Soraia Chiabai; e Audifax Barcelos (Rede), a Tenente Andresa dos Bombeiros, com registro ainda pendente por conta de denúncia de dupla filiação partidária – Republicanos e Solidariedade. 

Já no Senado, Rafaella Machado é apresentada como candidatura coletiva do Psol, mas o registro está em nome de Gilbertinho Campos, com ela na primeira suplência. As demais mulheres ocupam também a colocação de suplentes: Socorro (PRTB), Carla da Excursão (DC), Bruna Rafhaela (Reúblicanos), Marcinha Macedo (PL), Vera Costa (PDT)  e Solange Lube (MDB).

O quadro se contrapõe aos números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que apontam recorde de candidaturas femininas este ano, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital, e também à Presidência da República: Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB).

Hoje, as mulheres ocupam apenas 17,28% das cadeiras no Senado e  15% na Câmara dos Deputados. Na Assembleia Legislativa, dos 30 deputados estaduais, apenas três são mulheres: Iriny Lopes (PT), Janete de Sá (PSB) e Raquel Lessa (PP) todas candidatas à reeleição. 

Esse cenário é revelado, também, por meio de pesquisa do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), que, no plano nacional, aponta que a direita é quem traz o pior índice de representatividade, com 20% de candidatas ao Senado. Nas disputas aos cargos de governo do Estado, a direita tem apenas cinco mulheres, contra 83 homens. Na esquerda, das 107 candidaturas, 28 são mulheres e 79 são homens.

O estudo também revela que os partidos da direita são os que têm a maior parte de candidatos brancos (50,4%) e a menor concentração de negros, com 48% na soma de pardos e pretos, ao contrário da esquerda, cujos percentuais são, respectivamente, 44,1% e 54%.

A pesquisa da série “Perfil do poder nas eleições de 2022”, elaborada pelo Inesc em parceria com o coletivo Common Data, revela o perfil dos candidatos a partir do cruzamento de dados sobre gênero, raça/cor, patrimônio e posição ideológica, neste caso, usando a classificação de direita, esquerda e centro para os partidos.

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