Presidente da Assembleia ganha apoios no campo religioso e em setores da área de segurança, dois redutos bolsonaristas no Estado
A corrida eleitoral para a única vaga ao Senado deste ano movimentou o campo da direita ligada ao bolsonarismo nesta sexta-feira (12), com o anúncio do apoio do Partido Social Cristão (PSC) à pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), que afeta a campanha do ex-senador Magno Malta (PL). Em busca de retornar ao cargo com base de voto entre os evangélicos e na área de segurança, Magno encontra resistência em ambos os setores.
O presidente do PSC, ex-deputado estadual Reginaldo Almeida, anunciou a decisão em reunião realizada em sua sede em Vitória, com a participação da vice-presidente do partido, deputada federal Lauriete Rodrigues, candidata à reeleição.
Reginaldo disse que o PSC tinha declarado apoio a Erick Musso ao governo, e com a mudança no projeto, migrando a candidatura para o Senado, o partido continua a entender que Musso é a melhor opção para o Estado. “Seguiremos unidos com nossa chapa de candidatos a deputado federal e estadual neste sentido e Erick Musso ao Senado da República”.
A aliança serve, também, para avivar notícias de bastidores que dão conta de uma aproximação do bloco formado pelo Republicanos com o União Brasil, presidido pelo deputado federal e candidato à reeleição Felipe Rigoni, com o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon, nome do PSD que concorre ao governo do Estado. Nos bastidores, as perspectivas apontam que o União apoiaria Zanon e indicaria o nome a vice.
Nessa quinta-feira (11), Musso teve confirmado o apoio do Patriotas, presidido no Estado pelo deputado estadual Rafael Favatto, pré-candidato a deputado federal. Com isso, a legenda se une ao União Brasil, com a ressalva de que o apoio vale apenas para o Senado. As alianças fortalecem o bloco formado por Erick e Rigoni, que desistiram de concorrer ao governo do Estado e ainda não se manifestaram publicamente sobre quem irão apoiar para o governo.
Para Musso, o apoio do Patriotas, que já caminhava com ele quando ainda era pré-candidato ao governo do Estado, é muito importante e confirma o aumento do seu grupo político”. “Nossa caminhada, juntos, é para buscar a renovação e uma representatividade de qualidade no Congresso Nacional de que o Espírito Santo tanto precisa”, defende.
O deputado decidiu disputar a vaga ao Senado, com o apoio de Rigoni, no final do mês de julho, depois de não conseguir subir na pontuação das pesquisas eleitorais, mesmo caso do parlamentar do União Brasil. Essa alteração foi possível com a retirada da pré-candidatura ao Senado do ex-prefeito de Colatina Sergio Meneguelli, acompanhada de crise interna no Republicanos, que levou Meneguelli a aceitar concorrer à Assembleia Legislativa.
As alianças deixam de fora o apoio a candidatos ao governo, que serão tratados mais pra frente e que agora começa a tomar forma, com a aproximação a Guerino Zanon. Ao mesmo tempo, reforça o favorecimento de Erick junto à Convenção das Assembleias de Deus no Estado e Outros (Cadeeso), um dos maiores redutos eleitorais evangélicos do Estado, provocando impacto em terrenos de Magno Malta.