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​Aprovados em concurso de Cariacica reivindicam convocação

Gestão de Euclério Sampaio tem priorizado a contratação de quem fez processo seletivo simplificado

Embora tenha realizado concurso público em 2019, a Prefeitura de Cariacica, em vez de convocar os aprovados, prioriza pessoas que passaram em um processo seletivo feito este ano para as vagas de assistente de Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) e cuidador escolar. A queixa é feita pelos aprovados no certame, que reivindicam sua convocação.

Um dos aprovados relata que quando o grupo questionou a atual gestão municipal, de Euclério Sampaio (DEM), recebeu como resposta que a pandemia da Covid-19 e a necessidade de ajustar a classificação de uma aprovada para o cargo de professor de Educação Especial, que reivindicou isso judicialmente, impossibilitavam a convocação. Entretanto, no Diário Oficial de 12 de julho, já consta a retificação do edital de resultado e classificação do concurso público nº 01/2019, ajustando a nota final da candidata. O certame foi realizado na gestão passada de Geraldo Luzia de Oliveira Júnior, o Juninho (Cidadania).

Para a função de assistente de CMEI, a prefeitura convocou, no último dia 19, 120 pessoas que fizeram o processo seletivo, conforme o Edital de Convocação 04/2021. Oitenta pessoas foram chamadas em 28 de junho, de acordo com o Edital de Convocação 01/2021, para a função de cuidador escolar. Posteriormente, para esse cargo, foram convocados mais 78 trabalhadores, sendo 49 em sete de julho e 29 no dia 13 desse mesmo mês.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Cariacica (Sindismuc), Luciano Constantino, afirma que a convocação dos participantes no processo seletivo em detrimento dos aprovados no concurso não é ilegal, “mas é uma prática que a entidade considera imoral”. A entidade, segundo Luciano, defende que a atuação dos concursados garante a continuidade de trabalho.
“Os aprovados em processo seletivo trabalham uns dois anos, adquirem o conhecimento, e vão embora. Aí tem que entrar outro, começar do zero”, diz. Um exemplo dado por Luciano é o dos coveiros. De acordo com ele, nessa área, no município, cada cinco efetivos pagam dois terceirizados, já que um coveiro terceirizado ganha R$ 5 mil e o estatutário recebe R$ 2 mil.
O presidente do sindicato também faz críticas ao pagamento de bolsas de formação em residência médica e multiprofissional por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (Icepi), já que, de acordo com ele, o valor das bolsas onera o município, pois são muito superiores aos dos trabalhadores efetivos.

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