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Articulação entre PP, PL e Republicanos embola disputa ao Senado em 2022

Deputado federal Da Vitória tenta articular seu nome, mas encontra Magno Malta à frente

Uma federação partidária de direita formada pelos partidos Republicanos, PP e PL, em gestação em nível nacional, no âmbito de influência do presidente Jair Bolsonaro (na sala de entrada do PP), traz à cena política do Estado articulações que envolvem o deputado federal Da Vitória (ainda no Cidadania) e o ex-senador Magno Malta (PL). As conversas entre lideranças do “centrão” estão em andamento e, caso a federação seja consolidada, estaria garantida a Magno a indicação para concorrer ao Senado.

“O Magno é próximo a Bolsonaro e isso confirma sua vaga na chapa”, comenta liderança envolvida nas articulações, alertando sobre a importância de manter-se no anonimato, “coisa preciosa nesta fase do ano eleitoral”. Da consolidação dessas articulações, o ex-prefeito de Colatina (noroeste do Estado) Sergio Meneguelli (Republicanos) consumaria sua saída do Republicanos, considerando que sua pré-candidatura ao Senado estaria rifada. 

Por essa lógica,  também naufragariam os movimentos do deputado Da Vitória que apontam para o Senado, obrigando-o a se contentar com um disputa à reeleição, ganhando, em contrapartida, a ampliação de apoios, apesar de concorrentes fortes. Entre eles os também deputados federais Amaro Neto (Republicanos), que desistiria do Senado, e Evair de Melo (PP), alvo de campanha contrária dos servidores públicos.

E ainda o ex-deputado federal e atual secretário estadual de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente (PP), atualmente amarrado à aliança com o governador Renato Casagrande (PSB), que ocupa o campo mais à esquerda da disputa, e o deputado estadual Erick Musso (Republicanos), cujos movimentos apontam para a Câmara Federal, ora ao Senado e até ao governo do Estado, mas poderá terminar concorrendo à reeleição à Assembleia Legislativa.

As conversas deverão chegar a um acerto até o final deste mês, antes das festas de final de ano. Nesse período, deverá estar definida a pré-candidatura do ex-prefeito Sergio Meneguelli, que acerta mudança do Republicanos para o Pros, comandado pelo deputado estadual Renzo Vasconcelos, a fim de ter chance de disputar o Senado, já que, para ele, não há lugar no seu partido.

As articulações carregam forte base entre os evangélicos seguidores de Jair Bolsonaro, lideradas por Magno Malta, que tenta se reabilitar depois da derrota eleitoral de 2018 e de escândalos envolvendo abusos quando, em 2017, presidia a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus Tratos e Crianças e Adolescentes, denunciada por Século Diário. Malta se movimenta junto a esse público, que também já contabiliza baixas decorrentes da ineficiência da gestão presidencial e, de quebra, de conceitos morais e teológicos por parte do presidente da República.

Nesse contexto, o ex-senador procura lançar o nome do pastor Marinelshington da Silva, ex-presidente da Convenção das Assembleias de Deus no Estado do Espírito Santo e Outros (Cadeeso), entidade que reúne parte das Assembleias de Deus e na qual ele transita com facilidade, juntamente com outros seguidores de Bolsonaro. De outro lado, afirmam conversas de bastidores, enfraquece a reeleição da ex-esposa, a deputada federal Lauriete, hoje no PSC, em prosseguimento a uma desavença que a obrigou a deixar o PL.

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