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​Articulações pela Presidência da Assembleia podem resultar em chapa para 2022

As especulações de bastidores apontam Renato Casagrande e Erick Musso como integrantes da mesma chapa

Leonardo Sá

A tendência do mercado político dando conta da permanência do deputado Erick Musso na Presidência da Assembleia Legislativa, na eleição da mesa diretora do Legislativo em 1º de fevereiro, poderá resultar na formação de uma chapa na sucessão de 2022 ao Palácio Anchieta. O atual governador seria candidato à reeleição tendo Erick como vice, de acordo com a sinalização dos bastidores, reforçada pela aproximação do Republicano, partido de Erick, com o governador Renato Casagrande (PSB). 

O assunto corre no mercado político desde o início das articulações para escolha da mesa diretora. Dos cinco deputados apontados no início desse mês como candidatos à Presidência, restam apenas dois, o atual presidente e Dary Pagung (PSB), líder do governo na legislatura encerrada em dezembro de 2020. A 10 dias da escolha, os bastidores políticos indicam que a tendência, é ficar tudo como está, considerando que a maioria dos parlamentares já tem o voto definido. 


Os outros candidatos, Bruno Lamas e Eustáquio Freitas (PSB) são apontados como descartados para a disputa, não só por integrarem o mesmo partido do governador Renato Casagrande: Bruno saiu de uma derrota nas eleições à Prefeitura da Serra e Freitas assumiu o mandato neste ano como suplente. Já Marcelo Santos (Podemos), também fora, estaria negociando a presidência de uma comissão, que pode ser a de Finanças, uma das mais importantes do Poder Legislativo. 
O mercado político comenta que a tendência predominante é a permanência de Erick Musso na presidência, com o apoio da base do governo, interessado em manter o mesmo relacionamento da legislatura passada, que possibilitou uma convivência pacífica. “Renato Casagrande aprovou tudo o que enviou à Assembleia”, diz um deputado, mantendo o sigilo em torno do nome, extremamente necessário nessa fase das articulações. 
O alinhamento entre Casagrande e Erick Musso ganhou novos ingredientes com a eleição de Lorenzo Pazolini à Prefeitura de Vitória e faz parte de conversas entre parlamentares e secretário-chefe da Casa Civil, Davi Diniz, e o governador. Entre parlamentares da base do governo, a chapa Renato Casagrande/Erick Musso para a disputa sucessória de governo em 2022 uma tendência natural. 

O PSB e o Republicanos foram os partidos que mais lançaram candidatos nas eleições municipais de 2020, exigindo uma densidade eleitoral significativa. O partido governador disputou com 1.040 candidatos, o de Erick 909. 

O presidente da Assembleia mantém um relacionamento harmonioso com Casagrande, excetuando o conflito registrado em 2019, quando ele tentou antecipar a eleição da mesa diretora, de formam ilegal, para garantir um terceiro mandato na presidência da Casa. Diante da pressão, voltou atrás e conseguiu recompor-se com o governo.

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