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‘As centrais sindicais foram finalmente ouvidas pelo governo’

Reunião entre Casagrande e oito entidades abriu diálogo reivindicado pela sociedade civil há um ano

Após um ano de reivindicações, as centrais sindicais finalmente conseguiram se reunir com a gestão de Renato Casagrande (PSB) nessa quinta-feira (8). Na ocasião, ficou estabelecida a criação de uma comissão composta pela secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, as centrais sindicais e a deputada Iriny Lopes (PT), que, de acordo com a presidente da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT/ES), Clemilde Cortes, foi quem articulou a reunião com o governo. A comissão terá como objetivo encaminhar as demandas das centrais e possibilitar, ainda, que elas possam opinar nas decisões do Governo do Estado que dizem respeito à gestão da crise sanitária. 

“A reunião foi positiva, principalmente pelo fato de as centrais serem ouvidas, o que antes não tinha acontecido. E também pela instituição da participação dos trabalhadores no debate de crise. Até agora apenas os empresários e patrões foram ouvidos. Esperamos ser ouvidos daqui pra frente”, diz Clemilde. 

Além do próprio governador Renato Casagrande e de Nara Borgo, participaram da reunião o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, e o secretário estadual de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc. Entre as centrais, estavam a CUT, a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical, Intersindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical (NCS), CSP Conlutas e Pública.

Clemilde relata que, após o governador apresentar as medidas de combate à pandemia adotadas até o momento, as centrais pediram que o governo implemente lockdown, auxílio emergencial de pelo menos R$ 600,00, testagem em massa e vacinação para todos o mais rápido possível.

Durante a reunião, o grupo apresentou o documento da campanha nacional #AbrilpelaVida, elaborado por cientistas e economistas, no qual algumas dessas reivindicações, como o lockdown, também são feitas.

Segundo a presidente da CUT/ES, as centrais pontuaram, ainda, que a criação de leitos é importante, porém, é fundamental a implementação do isolamento social para acabar com a circulação do vírus. Além disso, relata, foram listadas as categorias que continuam trabalhando, por atuarem em serviços essenciais, o que, de acordo com as entidades, deveria fazer com que entrassem nos grupos prioritários para vacinação.

As reivindicações apresentadas já haviam sido encaminhadas para a gestão de Renato Casagrande em outros momentos durante a pandemia. Uma das últimas tentativas de diálogo, que resultou na reunião dessa quinta-feira, foi em 30 de março, com o protocolo do Manifesto Pela Vida, reunindo assinatura de 90 entidades, entre centrais, sindicatos, coletivos e movimentos populares. O pedido foi reforçado em uma carta ao governador Renato Casagrande, em três de abril.

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