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Assembleia fecha comando de comissões em cenário favorável ao governo

Mazinho e Tyago Hoffmann, em primeiros mandatos, deverão ocupar as duas principais comissões

Ales

Com os nomes já definidos para comandar as duas mais importantes comissões, a de Finanças e a de Justiça, dependendo de aprovação do plenário, a Assembleia Legislativa inicia nesta segunda-feira (13), na prática, os trabalhos legislativos deste ano, sob os olhares do governador Renato Casagrande (PSB), surfando na onda de reforço sobre a influência que exerce no legislativo a partir da eleição para a presidência de Marcelo Santos (Podemos). Apesar de alguns altos e baixos, ele se mantém leal nas alianças.

Ganha o governo do Estado, que nesta segunda-feira deverá ver formalizada a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com Mazinho dos Anjos (PSDB), eleito para primeiro mandato na esteira da influência do tio, o ex-deputado estadual e atual prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD), antigo apoiador de Casagrande e coordenador de sua campanha de reeleição no noroeste do Estado.

Da mesma forma, o ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia de Casagrande, Tyago Hoffmann (PSB), fiel aliado, estará no comando da Comissão de Finanças. Eleito por conta de um vigoroso empurrão do governo, o deputado estreante chegou a provocar ciúmes a outros integrantes da base devido ao favoritismo governamental.

Se tudo correr como previsto, resultante das articulações colocadas em campo pelo deputado Dary Pagung (PSB), mantido na liderança do governo, pelo menos até o final do ano o cenário é de tranquilidade, acalmando os ânimos de insatisfeitos, como o também deputado Denninho Silva (União), que deverá ser consolado com a presidência da Comissão de Política de Drogas, caso seja aprovada o desmembramento do colegiado de Segurança Pública, entregue ao Delegado Danilo Bahiense (PL). O deputado é da oposição bolsonarista, mas é visto pelo mercado como possuidor de um lado governista.

O funcionamento, a competência e os temas abordados por cada uma das comissões permanentes estão descritos no Regimento Interno (Resolução 2.700/2009). Seja qual for a decisão no intuito de desmembrar ou unificar, será necessário que os parlamentares aprovem um projeto de resolução.

Desde a abertura dos trabalhos legislativos, no dia 6 deste mês, os colegiados começaram a ser montados, por meio de articulações dos dois blocos partidários formados, o primeiro reunindo Republicanos, PL e PTB, de oposição, e o outro, partidos da base – PSB, Podemos, União, PSDB, Cidadania, PT, Patriota e PDT.

A gestão do Estado vai trabalhar com uma Assembleia aberta a atuar em conjunto com o governo, como declarou Marcelo Santos em seus discursos e em entrevistas à imprensa e, mais do que isso: pretende somar-se à bancada federal em pleitos de interesse do Estado. “Queremos que a União nos enxergue não só pela relação política, mas pelo que contribuímos, e nos devolva isso. Não é pecado o Espírito Santo estar organizado financeira e administrativamente”, disse recentemente.

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