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Ato pela democracia dia 8 em Brasília terá poucos petistas do Espírito Santo

Deputada federal Jack Rocha, presidente estadual do PT, deve ser um dos poucos representantes do partido no ato

Divulgação/PT

A presidente estadual do PT, deputada federal Jack Rocha, deverá a ser um dos poucos representantes do partido que participará do ato em defesa da democracia na próxima segunda-feira (8), convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O evento é organizado para lembrar o dia 8 de janeiro de 2023, quando ocorreu a tentativa fracassada de golpe de Estado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, tornado inelegível e ameaçado de prisão, insatisfeitos com o resultado das eleições de 2022.

A presidente do PT confirmou sua participação e ressaltou que, durante o recesso parlamentar, ela é membro na Comissão Representativa do Congresso Nacional, que tem como finalidade “zelar pelas prerrogativas do Congresso Nacional”.

O governador Renato Casagrande (PSB) informou, por meio da assessoria, que, “a princípio”, irá ao evento. Já o deputado federal Helder Salomão, uma das lideranças do PT no Estado, disse que não irá. Outro petista de destaque, o senador Fabiano Contarato, ainda não sabe se participará do evento, montado para demonstrar união e ampliar o isolamento de Bolsonaro, apontado como inspirador da tentativa de golpe.

Estão convidados todos os governadores, mesmo os da oposição, prefeitos, parlamentares, ministros de estados e outras lideranças, com a concordância dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), um dos que foram presos por envolvimento na tentativa de golpe, já libertado, avisou que estará de férias neste mês e não conseguirá comparecer ao evento. Apoiador da reeleição de Bolsonaro, Ibaneis foi afastado do cargo no dia dos atos golpistas, pelo STF, por “conduta dolosamente omissiva”. Ele só voltou ao cargo em 15 de março.

O presidente Lula fez a convocação para o ato em 20 de dezembro, durante a reunião ministerial de 2023. Há quase um ano, extremistas contrários ao governo Lula, então recém-empossado, depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Centenas de integrantes da extrema-direita foram presos na ocasião e respondem a processos na Justiça, muitos já condenados pelos atos de vandalismo.

Nesta quinta-feira (4), o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assina um plano de ações integradas para definir o plano de segurança montado com o Centro Integrado de Operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Está em andamento um monitoramento de ameaças de ataques às instituições, mas, até o momento, não há nada que gere maior preocupação.

O Ministério da Justiça constatou que há convocações nas redes sociais para atos em diversas cidades do país no dia 8 de janeiro de 2024, mas sem grandes adesões. De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, os achados não causam preocupação, mas o governo manterá o monitoramento para evitar surpresas.

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