Luiz Paulo, que assumiu o diretório municipal, diz que a prioridade é organizar a convenção partidária
“Tenho sido muito estimulado. Os nomes serão escolhidos ao final, temos que escalar os melhores”. Com essa declaração, o novo presidente do PSDB de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, desconversa ao ser perguntado sobre a pré-candidatura para retornar à Prefeitura de Vitória para um terceiro mandato – os outros dois foram de 1997 a 2005 -, ao contrário de notícias que circulam nos meios políticos que apontam como certo seu nome na disputa.
As articulações em torno do nome de Luiz Paulo movimentam os bastidores e envolvem figuras públicas de destaque, entre elas o vice-governador, Ricardo Ferraço, a pouco mais de um ano das eleições de 2024. No entanto, a definição depende de superar barreiras internas no partido, em especial o deputado estadual Mazinho dos Anjos, em grande movimentação neste seu primeiro mandato na Assembleia, e o ex-deputado Sergio Majeski.
“Ele é pré-candidato”, asseguram tucanos experientes, conscientes de que ainda não é o momento de deflagrar uma campanha, não somente pelo tempo que falta até outubro do próximo ano, como também pelas conversas que precisam resultar em alianças.
Nos bastidores, esse é o quadro, com um destaque especial para a resistência de quadros importantes do partido, como a ex-vereadora Neuzinha de Oliveira, que concorreu à Prefeitura de Vitória em 2020, então presidente do diretório municipal, com o apoio da Executiva estadual, comandada pelo deputado Vandinho Leite, ainda no mesmo posto.
“Fui convidado para presidir a Comissão Executiva Provisória de Vitória por Vandinho Leite. Minha prioridade é organizar a convenção e cumprir uma agenda de conversas na cidade para preparar a participação tucana em 2024”, afirma Luiz Paulo, sem detalhar sobre qualquer tipo de movimentação em torno de seu nome como pré-candidato.
“Me aposentei no BNDES [Banco de Desenvolvimento econômico e Social] em 2016 e voltei a estudar; fiz mestrado na Ufes em Desenvolvimento Sustentável e defendi uma dissertação no ano passado sobre governança metropolitana. Ricardo Ferraco, quando assumiu a Sedes [Secretaria de Integração e Desenvolvimento Regional], me convidou para a subsecretaria”, informa.
Deixa de comentar, porém, as barreiras externas que também terá que vencer. A principal delas fica por conta da federação formada com o Cidadania, do deputado estadual Fabrício Gandini, derrotado na eleição de 2020, mas contabilizando uma votação expressiva, e do ex-prefeito Luciano Rezende, que depois das eleições, tenta retornar ao cenário, mas encontra térreo infértil nesses primeiros movimentos, como apontam os bastidores.