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Bolsonaristas se dividem na disputa por vaga de vereador de Vitória preso

Armandinho Fontoura está preso acusado de suposta prática de crimes contra o Supremo e atos antidemocráticos

Preso na operação da Polícia Federal (PF) para apurar crimes da milícia digital do bolsonarismo no Espírito Santo, o vereador Armandinho Fontoura (Podemos) corre o risco de não tomar posse na presidência da Câmara de Vitória, prevista para a próxima segunda-feira (1º). O impasse é motivo de disputa e divide o bloco bolsonarista no legislativo municipal, colocando em lados opostos o parlamentar preso e o vereador Duda Brasil (União), líder do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e 1º vice-presidente eleito.

Há uma articulação visando a realização de nova eleição da Mesa Diretora, a fim de fortalecer Duda Brasil, mas o movimento encontra resistência. Entre elas a do vereador cassado por infidelidade partidária Gilvan da Federal (PL), deputado federal eleito, que se colocou em defesa de Armandinho e, seguindo sua linha de atuação extremista, postou vídeo convocando para uma manifestação na Câmara nesta quarta-feira (28), reivindicando que o substituto do vereador preso seja o seu suplente, Chico Hosken (Podemos).

Em uma das postagens, feitas em frente ao presídio de Viana, onde o vereador Armandinho está preso, Gilvan afirma que o “vereador Armandinho e o Pastor Fabiano estão presos, sem terem cometido crime algum (…)” e acrescenta que “estão noticiando na imprensa que há vereadores querendo fazer outra eleição, para que o vereador Armandinho não possa assumir a Presidência da Câmara de Vitória. Isso não é um golpe, é traição!”.

Ao contrário do que diz o deputado federal eleito, Armandinho está envolvido, segundo as investigações, em crimes previstos na legislação e foi preso em decorrência dos inquéritos 4781 e 4874 que investigam ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), atos antidemocráticos e financiamento de milícias digitais no Espírito Santo. Além dele, também estão presos o líder do movimento “Soberanos da Pátria”, Fabiano Oliveira, que se apresenta como pastor evangélico, e o jornalista Jackson Rangel, da Folha do ES. O quarto alvo da operação, Max Pitangui (PTB), está foragido.

Armandinho já passou por uma audiência de custódia, mas a prisão foi mantida. Procurado, seu advogado, Rodrigo Horta, preferiu não comentar o caso, mas nos bastidores corre a notícia de que a defesa estaria solicitando sua libertação e o uso de tornozeleiras eletrônicas, da mesma forma que os deputados estaduais Carlos Von (DC) e Capitão Assumção (PL), também investigados nos mesmos inquéritos.

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