O vereador Aécio Leite criticou proposta de audiência pública virtual e o programa de cestas básicas
A reabertura dos trabalhos da Câmara da Serra, nessa quarta-feira (22), foi marcada por pesadas críticas ao prefeito Audifax Barcelos (Rede), depois de um período de tranquilidade entre os dois poderes. A suspensão de uma audiência pública virtual, a má qualidade dos produtos da cesta básica e um pedido de informações sobre contratos dominaram os discursos dos vereadores.
Já os debates e a possível convocação do secretário de Defesa Social da Serra, major Maximiliano Werneck, para se retratar publicamente das “agressões verbais contra vereadores e integrantes da Guarda Municipal”, como era a expectativa do mercado depois das declarações de um grupo de vereadores, incluindo o presidente Rodrgio Caldeira (Rede), foram adiados paras as próximas sessões.
Nessa quarta, o vereador Aécio Leite (PT) condenou a audiência pública virtual programada pela prefeitura para esta sexta-feira (24) e pediu ao Ministério Público a suspensão do evento, previsto para ser realizado por meio digital.
A audiência visa identificar medidas para conter a erosão das praias do município, mas, segundo Aécio Leite, que foi acompanhado por outros vereadores e lideranças comunitárias, a cidade está voltada para os cuidados a fim de evitar danos causados pela pandemia do coronavírus, ressaltando que as plataformas virtuais “são ferramentas ainda não habituais para os moradores da Serra”.
O ofício do vereador foi encaminhado ao promotor Ronaldo Gonçalves de Assis, no qual ele solicita, também, que a Prefeitura dê publicidade mais ampla à audiência pública, a fim de possibilitar participação da comunidade.
A distribuição de cestas básicas a pessoas carentes também foi alvo de críticas. Aécio Leite apontou irregularidades e disse que o programa se desenvolve com fins eleitoreiros. Além de questionar a qualidade dos produtos, citou as secretárias da Mulher, Luciana Malini, e de Assistência Social, Elcimara Rangel, potenciais candidatas a vereadora nas eleições deste ano.
Já o vereador Basílio Antonio Neves Santos (Pros), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, questionou o prefeito Audifax Barcelos, para que informe o contrato de prestação de serviços, no valor de R$ 134 mil, referente à aquisição de diversos materiais de limpeza e higiene para o enfrentamento da Covid 19.
O expediente estabelece o prazo de 30 dias para o prefeito e os secretários responderem à solicitação, a fim de “obter transparência, eficiência e celeridade nos atos públicos”.