Projeto que muda estrutura organizacional foi votado sem discussão

A Câmara de Vitória aprovou, em sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (31), um projeto de resolução que acrescenta 30 cargos comissionados à sua estrutura organizacional. A proposta não constava na pauta de votações, mas tramitou com urgência urgentíssima e foi aprovada sem discussão.
Foi uma votação rápida e sem discussão da matéria. Dos 21 vereadores, 19 votaram a favor. Anderson Goggi (PP) não votou por ser o presidente da Câmara, mas fez questão de declarar sua aprovação. O voto de Davi Esmael (Republicanos) não aparece na relação, apesar de ele ter comparecido à sessão. Na votação do requerimento de urgência, Ana Paula Rocha (Psol) se absteve, mas depois votou favorável ao projeto.
O projeto modifica a resolução nº 2.071, de 29 de março de 2023. Foram criados três novos cargos de direção: diretoria de Relações Institucionais; secretaria de Gestão Interna; e diretoria de Segurança Legislativa.
Além desses acréscimos, também foram criadas 27 novos cargos em outros três padrões de remuneração, subindo de 81 para 108 nesses cargos. O aumento total de despesa será de R$ 1,7 milhão por ano, segundo o texto do projeto.
“Essa expansão do quadro funcional se justifica pelo aumento da demanda administrativa decorrente da ampliação do número de vereadores, que passou de 15 para 21 parlamentares”, diz a justificativa do projeto, assinada pela Mesa Diretora – composta por Anderson Goggi (presidente), Davi Esmael (primeiro secretário), Maurício Leite (do PRD, segundo secretário) e João Flávio (do MDB, terceiro secretário).
“Com essa adequação, busca-se assegurar um suporte técnico-administrativo compatível com a nova realidade da Câmara, garantindo maior eficiência operacional e alinhamento com os princípios da gestão pública moderna, tais como otimização de recursos, melhoria contínua e prestação de serviços com qualidade e celeridade”, completa a justificativa.
Outros municípios capixabas também aprovaram projetos neste início de ano visando aumento de cargos comissionados, a exemplo de duas cidades do sul do Estado: Cachoeiro de Itapemirim, em que o número de novas vagas na prefeitura subiu para 87, e Anchieta, em que a administração municipal passou a contar com quase 200 novos cargos de livre nomeação.