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Câmara de Vitória vota a reforma da Previdência em segundo turno no dia 18

Para este segundo turno, vereador Davi  Esmael promete “um amplo debate” em torno da proposta

Aprovada em sessões relâmpagos que são objetos de pedidos de abertura de inquérito na Justiça, a reforma da Previdência dos servidores municipais de Vitória terá um novo capítulo na próxima segunda-feira (18). A Câmara de Vereadores colocou na pauta a votação em segundo turno, a partir das 8h30, da Proposta de Emenda à Lei Orgânica nº 4/2021, de autoria da Prefeitura de Vitória. O segundo de votação está previsto no Regimento Interno da Câmara, que prevê o segundo turno após de 10 dias de realizado o primeiro, que, nesse caso, ocorreu no último dia 5. 

A proposta tem o objetivo de modificar o sistema de previdência social dos servidores efetivos do município, estabelecendo regras de transição e disposições transitórias, entre outras providências, que irão afetar a milhares de famílias. Elas serão atingidas com a mudança da idade para requererem aposentadoria e o aumento da alíquota de desconto de 11% para 14% de forma linear. 

Durante a sessão será permitida a participação de fala dos representantes dos servidores, conforme prevê o Regimento na fase de discussão da matéria. “A ideia é permitir o amplo debate e diálogo com a população de Vitória, principalmente com os servidores municipais”, destaca o vereador e presidente, Davi Esmael (PSD). 


Na primeira sessão extraordinária para discutir a matéria, votada sem que os vereadores da nova legislatura tivessem lido as propostas, a participação dos representantes das entidades dos servidores só foi permitida depois de protestos das vereadoras Karla Coser (PT) e Camila Valadão (Psol), que pediram mais tempo para analisar e debater o assunto. 
Em obediências às determinações de saúde como prevenção de contaminação da Covid-19, todas as normas de segurança como o uso de máscara, distanciamento e o álcool em gel devem ser mantidas.

A reforma da Previdência foi cercada de polêmica e corre o risco de ser anulada, por ter sido votada sem o cumprimento dos trâmites legais, segundo o entendimento do advogado André Moreira e do munícipe Eraylton Moreschi, que organizam um grupo fiscalizador da gestão pública em Vitória.

No dia 7 desse mês, eles protocolaram requerimento ao presidente da Câmara, Davi Esmael, com base na Lei de Acesso à Informação, a fim de verificar a legalidade do processo, e, se confirmada a irregularidade, acionar o Ministério Público a fim de anular a sessão na qual os projetos foram aprovados, onde não houve qualquer possibilidade de debate.

O requerimento aponta que os projetos de lei chegaram à Câmara no dia 4 de janeiro e foram aprovados no mesmo dia, por meio de votações relâmpagos, depois de uma tramitação irregular, o que impediu “a verificação da regularidade do trâmite dos processos legislativos”. Citam ainda que a matéria no site da Câmara está incompleta.

Esse mesmo argumento foi colocado durante a sessão de votação pelas vereadoras Camila Valadão e Karla Coser, com quem se alinhou o vereador Aloísio Varejão (PSB).

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