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Candidato ao Senado pelo Psol denuncia ameaças à Polícia Civil

Gilberto Campos diz que vem sofrendo crimes racismo e injúria nas redes sociais, visando desqualificá-lo

“Eles desconhecem o momento de contrapor ideias, do debate democrático”, disse o candidato ao Senado pelo Psol, Gilberto Campos, que denuncia sofrer ataques nas redes sociais de grupo bolsonaristas, até com ameaças à sua integridade física. Nesta semana, seus advogados registraram dois Boletins Unificados (BU) na 1ª Delegacia de Vitória, requerendo que os ataques feitos em suas publicações no Instagram sejam investigados.

Em uma das postagens, uma pessoa disse que ele “vai ganhar espeto no olho”, o que configura uma ameaça à sua integridade física, configurando crime previsto no Artigo 147 do Código Penal. Outros comentários ofensivos também foram alvo das denúncias e tipificados como injúria e calúnia, e feitos de forma racista e preconceituosa. 

“Os comentários nas redes sociais buscam me desqualificar como pessoa, por ser negro, caracterizando crime de racismo”, reforça Gilberto Campos, apontando para um tipo de violência psicológica, praticada em regimes fascistas, agravada com a não aceitação à pauta de esquerda que ele defende na campanha eleitoral.

A defesa do candidato do Psol trabalha com várias frentes, como queixa-crime por ameaça e injúria, e pretende entrar com uma notícia-crime no Ministério Público. 

As ameaças, segundo Gilberto é parte de um processo colocado em prática pela campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), visando causar medo e intimidação a candidatos de oposição ao seu governo. “Ao me candidatar, já sabia que isso iria acontecer, mas continuo em campanha, levando ao debate com eleitor as nossas pautas, como manda a democracia”.

A candidatura do Psol é coletiva, contando ainda na chapa com a professora Rafaella Machado, que também denunciou, no final de agosto, ter sofrido um ataque político no bairro de Jardim Camburi, em Vitória. Ela aguardava um lanche na rua, quando um homem que se declarava apoiador de Bolsonaro, arrancou de seu peito um adesivo com as cores LGBTQIa+ e a frase #forabolsonaro. Depois, como relata, se sucedeu ameaças com violência e gritos, chegando a dizer que “iria dar um tiro em sua cabeça”.

Rafaella ficou conhecida em 2021, quando foi perseguida pelo vereador bolsonarista de Vitória, Gilvan da Federal (PL), por ter feito uma atividade com os estudantes, na passagem do dia 28 de junho, Dia do Orgulho LGBTQIA+.

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