Urnas marcaram 60,48% dos votos válidos para o palanque do PDT neste domingo
Como previsto nas pesquisas, o candidato do prefeito Sergio Vidigal, Weverson Meireles (PDT), será o novo prefeito da Serra. Ele foi eleito neste domingo (27) com 60,48% (138 mil) dos votos válidos, superando os 39,43% (90,2 mil) do deputado estadual bolsonarista Pablo Muribeca (Republicanos). Ao todo, 242,2 mil votos foram registrados nas urnas, sendo ainda 3% (7,2 mil) nulos e 2,7% (6,6 mil) em branco.
Com esse resultado, sai fortalecido o governador Renato Casagrande (PSB), muito presente na campanha de Weverson, e o atual prefeito, remetendo às articulações de 2026, com um embate esperado com o PP/Republicanos, do deputado federal Da Vitória e do prefeito eleito da Capital, Lorenzo Pazolini, um dos mais atuantes cabos eleitorais de Muribeca neste segundo turno. Ao manter-se fora da disputa e ter seu candidato, estreante na urnas, eleito, Vidigal mostra densidade e capacidade de transferência de votos.
Weverson votou por volta das 10h30, na escola Sônia Regina Gomes Rezende Franco, em Serra Dourada. Estava em companhia de Vidigal e da vice, Gracimeri Gaviorno (MDB). Muribeca votou às 14h, na escola Belvedere, acompanhado da esposa, Lara Ferreira, e fez discurso de “virada”.
O prefeito eleito iniciou a campanha bem atrás do deputado e do ex-prefeito Audifax Barcelos (PP), e começou a ganhar corpo com o apoio do prefeito, do governador e da classe empresarial, e também com a massificação do seu plano se governo, no modelo de um planejamento estratégico da versão de Vidigal. Já Muribeca focou a campanha em denúncias contra a atual administração, uma marca do seu mandato como deputado estadual, com poucas proposições.
A disputa foi marcada por acusações, ações judiciais e embates públicos. A quatro dias da votação deste domingo, Muribeca ensaiou uma manobra aproveitando uma briga de gangues rivais próxima a ato público de sua campanha, que resultou em tiros entre desafetos. Ele registrou Boletim de Ocorrência (BO) e fez postagens em redes sociais, depois apagadas, falando em tentativa de homicídio. A Polícia Civil descartou qualquer ligação com as eleições e detalhou a disputa do tráfico.
A candidatura de Weverson foi lançada em agosto, depois de meses de especulação de que Vidigal tentaria a reeleição. Ele estava no governo do Estado, no cargo de secretário de Turismo. Com 33 anos e graduado em Administração, o prefeito eleito iniciou sua história no PDT aos 13 anos, quando, com o pai, filiado, participou de uma convenção.
“O compromisso que firmei com Vidigal, e agora reafirmo, é com a renovação. Mas não é uma renovação qualquer. É renovar com segurança para expandir a grande obra de Vidigal. O que já está bom, vai ficar melhor”, declarou no lançamento da candidatura e marcou essa fala como maior foco da campanha.
No primeiro turno, Weverson marcou 39,66% dos votos e Muribeca 25,20%. Os dois disputaram, além de Audifax, com Igor Elson (PL), Roberto Carlos (PT) e Wylson Zon (Novo).
Votação
A Secretaria de Estado de Segurança (Sesp) registrou, neste domingo, ocorrências de boca de urna, propaganda irregular, desacato e até vias de fato em Nova Almeida.
O vereador Fred, do PDT, correligionário de Weverson, chegou a ser detido e conduzido à 3ª Delegacia Regional de Laranjeiras, no período da manhã, acusado de boca de urna. Ele assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
Segundo a Justiça Eleitoral, apenas algumas urnas precisaram ser substituídas no município, sem intercorrências que pudessem prejudicar o pleito.