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Candidatura própria do PT garante acordo entre Coser e Hartung

A Executiva do PT deve definir na noite desta segunda-feira (16) a candidatura própria do partido ao governo do Estado. O partido discute os nomes da deputada federal Iriny Lopes e o do deputado estadual Roberto Carlos. Nos bastidores, porém, a discussão já é tida como encerrada. 
 
Para que a articulação funcione, o partido deve abonar a candidatura do deputado Roberto Carlos, ligado ao ex-prefeito de Vitória e presidente estadual do partido João Coser, que, por sua vez, atende à estratégia do grupo do ex-governador Paulo Hartung (PMDB) na disputa.
 
A definição do papel do PT teria saído de um encontro das lideranças do partido com o ex-governador na semana passada. O palanque do PT atende a uma estratégia de movimentações de enfrentamento ao palanque palaciano. Roberto Carlos vai para a disputa defendendo a bandeira da educação, e pelo seu perfil a classe política acredita que ele não oferecerá qualquer enfrentamento ao PMDB na disputa. 
 
O partido aposta que o PT conquiste pelo menos 15% dos votos. Essa divisão dos votos levaria a disputa para o segundo turno no Estado, tendo Casagrande e Hartung em uma nova disputa. Nesta nova fase, o PT, atendendo à movimentação nacional poderia se unir ao palanque peemedebista na disputa.  Como o segundo turno é uma nova disputa, que começa do zero, o apoio do PT ao PMDB estabelece uma nova relação de forças na nova etapa.
 
A candidatura do PT fortalece o palanque de Hartung, sem ameaçá-lo. Também garante a movimentação do ex-prefeito de Vitória na disputa ao Senado. Nos meios políticos a leitura que se faz é que próximo do palanque de Hartung, Coser terá o apoio informal do ex-governador, enquanto a candidata do PMDB, a deputada federal Rose de Freitas terá que construir sozinha seu palanque ao Senado. 
 
Para dentro do PT, Coser justifica a manutenção de sua candidatura ao Senado, afirmando que tem mais densidade para esse pleito, atendendo o interesse da nacional em eleger uma base forte para no Senado no segundo mandato de Dilma Rousseff, caso ela vença. 

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